Foi
um dos fundadores e presidiu a Associação
Brasileira de Farmacêuticos em 1916 e foi também
redator-chefe do “Boletim da Associação
Brasileira de Pharmaceuticos”, jornal criado para
fazer a divulgação da associação,
durante o período em que a presidiu.
O pesquisador foi químico do Laboratório Nacional
de Análise e professor de farmácia, trabalhou
intensamente por mais de 10 anos para concluir o Código
Farmacêutico Brasileiro. Ao terminá-lo, o pouco
conhecido Rodolpho Albino Dias da Silva, pôde apresentar
seu projeto de farmacopéia brasileira ao Dr. Carlos
Chagas, Diretor Geral do Departamento Nacional de Saúde
Pública. Para julgar o trabalho apresentado, o Dr.
Chagas nomeou uma comissão constituída por
três professores doutores da Fiocruz e três
farmacêuticos. Após exame minucioso da obra,
a comissão resolveu aceitá-la solicitando
ao governo a sua oficialização como Código
Nacional Farmacêutico, com a supressão, porém
de certos artigos por eles considerados de uso restrito.
Em 1926, as autoridades sanitárias do País
aprovaram a proposta do Código Farmacêutico
Brasileiro. Aprovado pelas autoridades sanitárias
da época, este Código foi oficializado em
1929 e tornou-se a primeira edição da Farmacopéia
Brasileira. Obra de um único autor, a primeira
edição da Farmacopéia Brasileira equiparava-se
às Farmacopéias dos países tecnologicamente
desenvolvidos, porém diferenciava-se das demais por
conter descrições de mais de 200 plantas medicinais,
a maioria delas de origem brasileira.
O ilustre cantagalense dá nome à BIBLIOTECA
RODOLPHO ALBINO, fundada em 1929, e oficialmente inaugurada
na atual sede da Associação Brasileira de
Farmácias (ABF) em 13/01/1951. Seu nome foi escolhido
por ter sido ele ex-presidente da ABF e ilustre farmacêutico.
Ele dedicou toda sua vida ao estudo de plantas, drogas e
substâncias, não apenas pelo engrandecimento
da área farmacêutica, mas de toda a sociedade.
Autor da mais importante obra da literatura farmacêutica
brasileira, a Farmacopéia Brasileira, um marco da
literatura científica. O pesquisador também
possuía características anônimas, como
as de caricaturista e poeta.
Curiosidade: No laboratório da Casa Granado, foi
escrita a farmacopéia brasileira. Inteiramente produzida
pelo pesquisador Rodolpho Albino, então diretor técnico
do laboratório.
Fruto de 12 anos de trabalho de Rodolpho Albino, a “Farmacopéia
Brasileira” passou a ser a farmacopéia adotada
oficialmente. Com seu amor pela botânica e pela farmacognosia,
o cantagalense trabalhou por todos esses anos se dedicando
dia-a-dia a elaborar essa Farmacopéia, que diferentemente
de outros países, que formam comissões
de médicos, farmacêuticos, biólogos
entre outros, foi feita somente por esse dedicado farmacêutico.
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