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IVFRJ On Line - 10ª Edição
Brasileiros sintetizam substância anticancerígena
Nova molécula age contra tumores resistentes a outras drogas e poupa células sadias

Uma nova substância anticancerígena eficaz mesmo em células resistentes aos agentes quimioterápicos comuns foi sintetizada a partir de compostos encontrados na natureza. Responsáveis pelo trabalho, pesquisadores do Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NPPN/UFRJ) acreditam que este será um reforço importante no combate à leucemia.

O novo composto é "inspirado" em um agente de defesa contra infecções de vírus e bactérias produzido pela flor da espécie norte-americana Petalostemon purpurea. A substância natural, velha conhecida dos cientistas por sua atividade antitumoral, foi sintetizada pela primeira vez pelos pesquisadores da UFRJ e, nos testes realizados no Laboratório de Imunologia Tumoral do Departamento de Bioquímica Médica, chamou a atenção por sua atividade em células de leucemia resistentes a diversas drogas.

"A substância mostrou-se também inofensiva para as células normais, ponto em que a maioria dos 'candidatos' a anticancerígenos esbarra: exterminam as células danosas, mas são extremamente tóxicos para as células saudáveis", explica o farmacêutico Paulo Roberto Ribeiro Costa, coordenador da pesquisa.

Em busca de um composto ainda mais ativo, os pesquisadores decidiram elaborar uma nova molécula, que reunisse propriedades da substância recém-sintetizada e do lapachol, molécula encontrada nas raízes do ipê roxo que já foi utilizada como anticancerígeno, mas apresenta alto grau de toxicidade para o organismo. A elaboração do novo composto permitiu potencializar os efeitos benéficos das duas moléculas e reduzir as desvantagens do medicamento, como indicaram os testes in vitro, realizados em culturas de células leucêmicas.

O Laboratório de Química Bioorgânica da UFRJ está preparando maior quantidade do novo composto, batizado pterocarpanoquinona. Os pesquisadores já iniciaram os testes in vivo, em camundongos com leucemia. Com esses testes, eles conhecerão a eficácia do tratamento e o grau de toxicidade da substância. Esse passo é essencial para a realização de testes em animais maiores ou seres humanos, que devem avaliar também os efeitos colaterais gerados pela medicação.

Embora a nova molécula tenha sido sintetizada no âmbito de um amplo projeto com fins acadêmicos que envolve vários pesquisadores, o grupo pretende aprimorar a substância para o uso clínico e patentear o composto. Pode levar anos, porém, para a chegada do medicamento ao mercado. "A indústria precisa dos resultados dos ensaios em vivo, que estão em andamento. Acredito que em maio teremos novidades sobre o ensaio", ressalta o farmacêutico Alcides José Monteiro da Silva, da equipe do NPPN. Ainda segundo ele "a Universidade deve apontar os caminhos, mas não tem infra-estrutura para produzir os medicamentos, por isso dependemos de parcerias com a indústria ou órgãos do governo", explica.

Fonte Ciência Hoje On-line

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