"Ao
persistirem os sintomas o médico deverá ser
consultado". Isto é regulação?
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Livro
do Jornalista Álvaro Nascimento, que abrange a questão
da propaganda de medicamentos no Brasil, será lançado
hoje, às 17h, no foyer do Hotel Glória durante o 4º
Riopharma..
O Livro "Ao persistirem os sintomas o médico deverá
ser consultado". Isto é regulação?", do jornalista
Álvaro Nascimento, analisa o frágil modelo regulatório
da propaganda de medicamentos no Brasil e seus danos
à saúde pública. A obra é resultado de uma pesquisa
realizada como pré-requisito à obtenção do grau de
Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina
Social da Uerj em 2003 e está sendo editada com a
chancela da Sociedade Brasileira de Vigilância de
Medicamentos (Sobravime) e do Instituto de Medicina
Social da Uerj.
O livro mostra a urgência de uma regulamentação mais
rígida e abrangente que contribua para a diminuição
do uso incorreto de medicamentos, a redução dos casos
de reações adversas e dos índices de intoxicação humana
provocadas por produtos farmacêuticos. O objetivo
é elevar o nível de informação e conscientização da
população sobre a questão, evitando o contínuo crescimento
de agravos à saúde. A propaganda de medicamentos realizada
hoje no Brasil entra em clara contradição com a atual
Política Nacional de Medicamentos (Portaria do Ministério
da Saúde no 3.916 de 30 de outubro de 1998), segundo
a qual o uso de produtos farmacêuticos deve se dar
de forma racional, ética e correta, preconizando explicitamente
um maior controle da propaganda dos medicamentos de
venda livre.
Jornalista
Álvaro Nascimento analisa o frágil modelo
regulatório da propaganda de medicamentos no
Brasil e seus danos à saúde pública. |
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De acordo com o livro, Ao estampar a frase "AO PERSISTIREM
OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO" no final
de cada propaganda, a pretendida regulação estimula,
na verdade, o consumo incorreto e abusivo de medicamentos,
quando caberia ao Estado cumprir justamente a tarefa
oposta, de acordo com o preconizado pela Política
Nacional de Medicamentos, educando a população no
sentido de ANTES DE CONSUMIR QUALQUER MEDICAMENTO,
CONSULTAR UM MÉDICO. Na prática, segundo o autor,
a mensagem colocada a cada final de anúncio deseduca
e presta inestimável papel à indústria e ao comércio,
e não à sociedade.
Sobre o Autor
Álvaro César Nascimento nasceu em Niterói (RJ). Gradua-se
em 1979, em Jornalismo, pela Universidade Federal
Fluminense (UFF). Conclui os cursos de especialização
em Nova Ordem Informativa Internacional no Instituto
Internacional de Periodismo José Martí/Universidade
de Havana, Cuba, em 1986 e o de Informação em Saúde
na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação
Oswaldo Cruz, em 1992. Mestre em Saúde Coletiva pelo
Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (Uerj) em 2003.
Entre 1979 e 1989 trabalha em veículos de comunicação
da chamada grande imprensa (O Fluminense, Rádio Jornal
do Brasil e O Globo); é editor de publicações de diversos
sindicatos de trabalhadores do Rio de Janeiro (metalúrgicos,
engenheiros, metroviários, urbanitários, psicólogos)
e de entidades comunitárias (Federação de Favelas
do Estado do Rio de Janeiro - Faferj, Movimento Amigos
de Bairro de Nova Iguaçu - MAB).
Em 1987, chefia a Coordenação de Comunicação Social
da Fundação Oswaldo Cruz e de 1988 a 2001 foi repórter,
redator, editor e posteriormente Coordenador do Programa
RADIS -Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre
Saúde, da Ensp/Fiocruz, que editava as revistas Súmula?,
Tema, Dados e o Proposta - Jornal da Reforma Sanitária.
Em 2001 é Assessor da Vice-Presidência de Desenvolvimento
Institucional, Informação e Comunicação da Fiocruz
e de 2002 a 2003 assume a função de Pesquisador e
Redator do Projeto Descentralização On Line, desenvolvido
no âmbito do Departamento de Ciências Sociais da Ensp/Fiocruz.
Desde 2004 é Coordenador do Subprograma de Informação
e Comunicação em Vigilância Sanitária do Convênio
de Cooperação Técnica firmado entre a Ensp e o Centro
de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria Estadual
de Saúde do Rio de Janeiro. Desde 1996 é editor da
Folha do Farmacêutico e da revista Riopharma, publicações
do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio
de Janeiro.
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