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IVFRJ On Line - 14ª Edição
Novos alvos para quimioterápicos no combate a Doença de Chagas
Pesquisadora Lucia Mendonça Previato e equipe buscam entender a bioquímica do Trypanossoma cruzi e ajudar no desenvolvimento de novas drogas contra a doença

Escolhida como uma das cinco vencedoras do Prêmio L´Oreal-Unesco para Mulheres na Ciência de 2004, a bióloga Lucia Mendonça Previato lidera uma equipe do Laboratório de Glicobiologia, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filhos (IBCC), da UFRJ, na pesquisa que busca novos alvos para quimioterápicos para combater a Doença de Chagas. Os resultados desse trabalho podem levar ao desenvolvimento de novas drogas para o tratamento e prevenção desse mal, que atinge entre 16 e 18 milhões de pessoas apenas na América Latina..


Foto: Alaor Filho/AE
"A Glicobiologia é o estudo dos açúcares que têm papel fundamental na comunicação celular. Daí, pesquisamos as estruturas da superfície do parasita Trypanossoma cruzi e a relação com as células hospedeiras humanas", explica a professora Lucia.

O grupo já conseguiu isolar, purificar e analisar a estrutura e função de várias moléculas da superfície deste protozoário e sua interação com as células de mamíferos.

Entender essa interação é o mais importante para que se possa saber como impedir que a doença se desenvolva. O trabalho da professora Lucia permitiu descobrir que o T. cruzi usa uma de suas proteínas para retira um açúcar das células hospedeiras e transferi-lo para uma glicoproteína de sua superfície. "A elucidação desse processo pode levar ao desenvolvimento de novas drogas quimioterápicas, capazes de inibir esse mecanismo de ação e ser menos tóxicas para o paciente", esclarece a pesquisadora.

Prof. Lucia M. Previato e Equipe

Os avanços conseguidos pela equipe da bióloga são animadores. Entre eles está a descrição de uma nova enzima crítica para a sobrevivência do T. cruzi. Com isso, abrem-se novas frentes para o desenvolvimento de quimioterápicos contra infecções por parasitas. O trabalho também está possibilitando um melhor entendimento da interação parasita-hospedeiro. Como conseqüência, várias moléculas de parasitas estão sendo testadas como alvos de quimioterapia e possíveis vacinas para combater infecções com protozoários.


Um mal ainda sem cura

Descoberta em 1909 pelo médico sanitarista brasileiro Carlos Chagas, a doença infecciosa e parasitária que leva seu nome ainda não tem cura quando em sua fase crônica. Ela é causada pelo protozoário Trypanossoma cruzi, que é transmitido às pessoas pelo inseto Triatoma infestans, popularmente conhecido como barbeiro, chupão ou fincão.

A transmissão se dá quando o inseto pica alguém já infectado e depois outro indivíduo sadio. Isso ocorre geralmente à noite, quando o barbeiro sai de seus esconderijos, principalmente frestas e buracos em casas da zona rural, em busca de seu alimento preferido, o sangue humano.

Quando o protozoário já está no organismo, a partir daí a doença tem, principalmente, duas fases. Logo depois da picada, ocorre a fase aguda, que em alguns casos pode causar reação no local e febre alta. Nesse caso, ainda há tratamento à base de um medicamento chamado benznidazol. Se não for tratada, no entanto, a doença progride e passa à fase crônica, que não apresenta sintomas, mas pode levar à morte. O T. cruzi instala-se nos músculos, principalmente no coração, e destrói suas fibras, causando insuficiência e arritmia cardíacas. Em cerca de 10% dos infectados, o mal também pode afetar o sistema digestivo.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo

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