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IVFRJ
On Line - 4ª
Edição
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Por
um crescimento da indústria farmacêutica no
Brasil
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Estudo
do BNDES aponta possíveis formas de reestruturação
do setor
De acordo com dados do Intercontinental Medical Statistics,
o Brasil possui 551 laboratórios e ocupa a 11ª posição
no ranking do mercado farmacêutico mundial. No entanto,
entre as 12 maiores empresas da indústria de fármacos,
que representam cerca de 45 por cento do mercado brasileiro,
existe apenas uma empresa de capital nacional, a Aché.
Diante dessa situação, o BNDES publicou em março deste
ano um trabalho que contém possíveis formas de reestruturação
e consolidação do setor de fármacos no país.
O estudo mostra que 70% por cento das vendas para
o mercado interno são de responsabilidade das multinacionais
e confirma que não existe um único medicamento cem
por cento brasileiro. Outro ponto apresentado é quanto
a existência de 17 laboratórios públicos, federais
e estaduais, cuja produção é voltada para o atendimento
do ministério da saúde e das secretarias de saúde
que possuem uma linha de produção pouco diversificada.
Apresentando dados da FEBRAFARMA (Federação Brasileira
da Indústria Farmacêutica) e do IBGE, os autores do
documento, Luciana Xavier de Lemos Capanema, engenheira
da gerência de Químicos do BNDES e Pedro Lins Palmeira
Filho, gerente de Químicos do BNDES, mostram as principais
características da indústria farmacêutica brasileira.
Eles sugerem a criação de um programa setorial do
BNDES para a cadeia farmacêutica, a partir da estrutura
de oferta e demanda, das importações e exportações,
e do ambiente regulatório do setor.
Para consolidar a indústria de fármacos no Brasil,
o trabalho publicado na edição semestral do BNDES
SETORIAL, apresentou as principais oportunidades,
necessidades e fragilidades da indústria farmacêutica
e apontou o BNDES como uma das principais ferramentas
do governo para a elaboração de um programa específico
de financiamento que atenda às fragilidades do setor.
Entre elas estão o alto grau de dependência da importação
de fármacos e medicamentos, a verticalização da cadeia
farmacêutica e o predomínio da produção de remédios
de baixo valor e de baixo conteúdo inovador. Por sua
vez, o trabalho aponta para as seguintes necessidades
da indústria de fármacos no país:
- modernização e expansão dos laboratórios públicos;
- fabricação de genéricos;
- produção de farmoquímicos;
- atividades de pesquisa para produção e desenvolvimento
de novos produtos;
- atividades de pesquisa para o desenvolvimento de
medicamentos dedicados a doenças negligenciadas;
- pesquisa e produção de fitoterápicos;
- apoios às empresas de biotecnologia produtoras de
farmoquímicos;
- adequação das instalações, processos e produtos
às normas da ANVISA;
- apoio às fusões e aquisições de empresas.
Com o trabalho, Luciana Xavier e Pedro Lins mostram
a necessidade da elaboração de um conjunto de condições
de financiamento para que o BNDES possa se inserir
" no esforço de implementação de uma política industrial
ativa" que vise à consolidação do processo de modernização
da indústria farmacêutica brasileira
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