IVFRJ On Line - 45ª Edição
Ano III - 09 de maio de 2007
Notas

» Pesquisador Renato Cordeiro concorre à presidência da SBPC

Atual chefe do Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica do IOC, ex-diretor do Instituto e ex-vice-presidente de pesquisa da Fiocruz, o pesquisador Renato Cordeiro está concorrendo ao cargo de presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Os candidatos a vice-presidentes são Helena Nader (Unifesp) e Lauro Morhy (vice-presidente do CNPq). As cédulas eleitorais para sócios da SBPC começarão a ser enviadas em 2 de maio e os votos poderão ser encaminhados à entidade até 6 de junho. A SBPC decidirá o nome do novo presidente em reunião da comissão eleitoral programada para 14 de junho. Os sócios da SBPC na Fiocruz que estejam inadimplentes poderão pagar a anuidade atrasada até o final de abril e terão direito a votar na próxima eleição. Para informações sobre pagamento da anuidade, consulte Lea Oliveira na secretaria da SBPC: lea@sbpcnet.org.br ou (11) 3259-2766.

Fonte: IOC On Line




» Governo Lula decide quebrar patente de remédio anti-Aids

Em medida inédita no país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu autorizar o licenciamento compulsório do remédio Efavirenz, o que, na prática, representa a quebra da patente do medicamento. A decisão, que segue recomendação do Ministério da Saúde, foi anunciada no dia 4 de maio, às 12h  em cerimônia no Palácio do Planalto. Após recusar a contraproposta de desconto de 30%, feita pelo laboratório Merck Sharp&Dohme, um dos maiores do mundo, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) enviou ao Palácio do Planalto a proposta de licenciamento compulsório do antiretroviral, usado hoje por cerca de 75 mil pacientes de Aids na rede pública, a um custo de US$ 43 milhões por ano.

Com o licenciamento compulsório, o país pode tanto iniciar a produção nacional da droga como importar genéricos. Sem isso, só a Merck poderia vendê-lo no país, pois é dona da patente do medicamento aqui, o que significa exclusividade de comercialização. Será a primeira vez que o Brasil licencia um remédio protegido por patente -já houve ameaças em 2001 e 2003, relativas ao Nelfinavir (Roche) e ao Kaletra (Abbott). E até hoje, poucos países fizeram isso -como Tailândia, Moçambique, Malásia e Indonésia. No caso da Tailândia, o país enfrenta retaliações do laboratório Abbott e até do governo norte-americano.


Medicamento de "interesse público"

O Brasil tenta desde novembro pressionar o laboratório Merck, sem sucesso, a reduzir o preço do Efavirenz de US$ 1,59 para US$ 0,65 por comprimido de 600mg. O Ministério da Saúde declarou o medicamento de "interesse público" e anunciou a intenção de comprar a versão genérica da Índia por um preço de US$ 0,45 por comprimido. A economia estimada seria de US$ 30 milhões por ano. Mesmo assim, foi dado um prazo para a Merck fazer uma contraproposta.

O laboratório Merck ofereceu um desconto de 30%, que foi considerado "insuficiente" pelo governo, segundo o ministro José Gomes Temporão. Além disso, o desconto seria válido até 2010, não 2012, data em que a patente expira. O licenciamento prevê o pagamento de 1,5% em royalties como remuneração à Merck por ter inventado o remédio. Além disso, o Brasil fica vedado de comercializar o produto. O país tem estoque do Efavirenz da Merck até agosto. O ministro afirma que não haverá desabastecimento porque três fabricantes da Índia, os laboratórios Ranbaxy, Cipla e Aurobindo, já foram consultados sobre o fornecimento para o país. Esses genéricos são pré-qualificados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A Merck Sharp & Dohme informou, por meio de sua assessoria de imprensa, estar "surpresa" e "decepcionada" com a decisão do governo Lula de quebrar a patente do medicamento Efavirenz. Segundo a empresa, o desconto oferecido de 30% atende ao interesse brasileiro porque leva em conta a ampliação do programa de atendimento público universal de pacientes de Aids, além de critérios estabelecidos pela ONU em 2001, como a taxa de prevalência da doença e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Fonte: Jornal O Globo e Revista da Folha




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