Novas
indústrias farmacêuticas para o Rio de Janeiro
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Programa
RIOFÁRMACOS do CODIN oferece incentivos para
empresas se instalarem no território fluminense
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No final da década de 70, início dos anos 80, o Rio
de Janeiro começou a perder sua característica de
pólo industrial farmacêutico. Isso porque outros estados
estavam adotando políticas mais agressivas para atrair
as principais indústrias farmacêuticas que atuavam
no país. Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira
das Indústrias Farmacêuticas - ABIFARMA, das empresas
do setor de fármacos atuantes no Brasil e que fazem
parte dessa associação, apenas 20 têm sede no Rio
de Janeiro, enquanto 47 ficam no estado de São Paulo.
Para alterar esse quadro, desde 1998 o governo do
estado do Rio possui um programa
setorial de desenvolvimento da indústria química fina
de aplicações biotecnológica, farmacêutica, de fármacos
e de cosméticos, o RIOFÁRMACOS. A implementação
do programa coube a Companhia de Desenvolvimento Industrial
do Estado do Rio de Janeiro - CODIN, sob a supervisão
da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Pelo RIOFÁRMACOS, o estado oferece um financiamento
para capital de giro que só é usado depois que a empresa
entra em operação. O CODIN retorna à empresa um valor
equivalente ao percentual de 9% do faturamento bruto,
e como garantia, caso o estado não devolva esse dinheiro,
é autorizada uma compensação no pagamento do imposto
no mês subseqüente.
No entanto, como não era oferecido nenhum benefício
de cunho fiscal às empresas interessadas a entrar
em território fluminense, o governo do estado sentiu
a necessidade de criar uma nova concessão de direitos
tributários, já que as empresas aqui instaladas estavam
com propostas de relocalização para outras localidades
do país, o que já estava provocando a queda da arrecadação
no setor de fármacos. Segundo o diretor operacional
do CODIN, Hélio Cabral, diversas negociações foram
feitas com as empresas farmacêuticas para que o estado
pudesse conhecer as práticas de concorrências das
empresas localizadas em outras unidades da federação
e quais as vantagens que essas empresas possuíam em
relação às localizadas no Rio de Janeiro.
Com base nessas negociações, foi assinado no dia 8
de setembro um decreto
que "dispõe sobre a concessão de tratamento tributário
especial para os estabelecimentos industriais, atacadistas
e distribuidores integrantes da cadeia farmacêutica
localizados no estado do Rio de Janeiro". O decreto
tem o amparo da lei
número 4321, de benefício da economia fluminense,
assinada pela Alerj em maio deste ano. Pela lei, o
estado pode, em defesa das empresas e da economia
fluminense, conceder benefícios para que o Rio de
Janeiro tenha condições de competir com os demais
estados.
Diferente do RIOFÁRMACOS, a nova modelagem apresentada
oferece uma série de benefícios de cunho fiscal, como
crédito presumido e redução da base de cálculo nas
operações internas. De acordo com Roberta Simões,
superintendente do departamento de relações empresariais
do CODIN, a procura pelo novo pacote de benefícios
tem sido cada vez maior, uma vez que a proposta de
uma concessão de incentivo é estimular o crescimento
da empresa dentro do estado, além da geração de empregos
e da capacitação tecnológica. Enquanto cinco empresas
fizeram parte do RIOFÁRMACOS desde de 98, o novo formato
já atraiu oito pretendentes ao pacote de benefícios.
Com isso, o Rio de Janeiro pode voltar a se tornar
um pólo de industrias farmacêuticas uma vez que além
de ser o segundo maior consumidor de medicamentos,
traz para a empresa que aderir ao programa maior competitividade
e oportunidade.
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