O que é o IVFRJ
Porque o IVFRJ
Instituições Associadas
Localização
Conselho Consultivo
Atas
Cadastro
Equipe
Home

IVFRJ OnLine
.: Nova Edição
.: Edições Anteriores
Eventos
Biografias
Links
Notícias
Sala de Leitura
Cadernos do IVFRJ
O que são os IV's
Outros Institutos Virtuais
Fale Conosco

Universidades
Laboratórios Governamentais
Laboratórios Privados
Institutos

Cadeia Produtiva
Histórico
Estórias

IVFRJ On Line - 9ª Edição
. . : : :   E N T R E V I S T A   : : : . .

PAULO BUSS
Presidente d
a FIOCRUZ

IVFRJ On Line Quanto a recente aquisição da área que era da Glaxo, quais são os planos de utilização desse local?

Paulo Buss - O plano para a nova planta industrial, no campus de Jacarepaguá II, é a constituição de um Centro Tecnológico de Medicamentos (CTM), que reunirá produção e pesquisa e desenvolvimento em fármacos e medicamentos, incluindo  a maioria das fases desse processo.

IVFRJ On Line - A Fiocruz, por meio de Bio-Manguinhos, está participando do Programa Nacional de Competitividade em Vacinas (Inovacina). A exemplo das vacinas, o programa está fazendo um levantamento para a produção de medicamentos. A Fiocruz também será parceira nesta área? Quais são as prioridades?

Paulo Buss - Sim. O Projeto Inovação foi criado na nossa gestão para fazer prospecção tecnológica de vacinas, como também de medicamentos e reagentes e kits para diagnóstico sorológico e molecular. Vamos investir na produção de medicamentos para o SUS nas áreas de assistência básica, de medicamentos estratégicos e no alto custo, afinados com a política de assistência farmacêutica do Ministério da Saúde. Apenas para exemplificar, vamos manter a produção ou passaremos a produzir medicamentos para hipertensão e diabetes; anti-parasitários; anti-asmáticos (inclusive aerosol); estatinas; anti-concepcionais; anti-retrovirais; e alguns biofármacos. Em P&D, vamos melhorar medicamentos, trabalhar em novas apresentações e investir na Rede de Medicamentos do PDTIS, que está em franco desenvolvimento.

IVFRJ On Line - Em outubro de 2003, na ocasião do lançamento do IFVRJ, o sr. mencionou a assinatura de um acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Museu Emilio Goeldi, o Instituto de Patologias da Amazônia e centros militares de pesquisa. Como está essa parceria? Há trabalhos promissores em etnobotânica com perspectivas de geração de novos fármacos?

Paulo Buss - A partir de 2005 as sete grandes áreas de pesquisa (malária; hepatites e outras viroses, microbacterioses; SUS; verde; ambiente e saúde; inclusão social; e produtos naturais) estarão iniciando linhas e projetos, com financiamento de multiplicar fontes. Nossas instituições já pediram em conjunto, a autorização para funcionamento de um Mestrado e Doutorado em Saúde, para formar uma base forte de doutores em cima das linhas de pesquisa. A área da etnobotânica será certamente uma das prioridades, por muitas razões: a biodiversidade; a experiência já acumulada na região; a existência de recursos humanos nesta área entre as nossas instituições; e as chances altas de alavancar recursos financeiros dos fundos setoriais e de outras fontes.

IVFRJ On Line - O setor farmacêutico é um dos que mais investe em pesquisa, mas mesmo assim não existe um único medicamento 100% brasileiro, considerando todas as etapas de produção. Na sua opinião o que falta para se ter um fármaco totalmente nacional?

 Paulo Buss - A Lei de Inovação e a regulação das PPP são um grande caminho que começa a ser trilhado. Precisamos acelerar suas aprovações e a implementações.

 IVFRJ On Line - Como estimular o trabalho conjunto entre universidades e empresas considerando a existência de um parque industrial moderno, mas com pouca capacidade de inovação e de outro lado as universidades e os centros de pesquisa farmacêutica abrigando 90% dos cientistas que produzem conhecimento qualificado nesta área?

 Paulo Buss - O setor farmacêutico privado não investe em P&D no Brasil. Esta afirmação categórica pode produzir reações pontuais, que são as raras e honrosas exceções para confirmar a regra. Quem investe em pesquisa no Brasil são as universidades e institutos de pesquisas públicas. Por isso, a nossa ciência vai bem. Mas não o nosso desenvolvimento tecnológico. Para isto – e para ter um fármaco brasileiro – é preciso aproximar P&D com empresas. Por isto, nossas chances de obter um fármaco brasileiro podem crescer com uma política sustentada (no tempo e nos recursos) nas áreas industrial, de C&T e, inclusive, de comércio exterior, como o Brasil vem ensaiando. A Lei de Inovação e PPP também serão decisivas.

 IVFRJ On Line - Que tipos de incentivos/iniciativas são necessários para tornar o Rio um estado atraente para a instalação de empresas farmoquímicas e farmacêuticas?

 Paulo Buss - Precisaria diminuir a violência e a má fama da cidade. Já existe o pólo industrial de Jacarepaguá. A UFRJ, a UERJ e outras Universidades, a Fiocruz, os institutos de Pesquisa da Petrobrás (a petroquímica é base dos intermediários da indústria farmacêutica) são ótimas Instituição de pesquisa e estão aqui no Rio. O Governo do Estado e a Faperj precisaram apostar ainda mais nesta área. O BNDES está aí, com o Pró-Farma. Precisaríamos que as lideranças públicas dos governos estadual e municipal, das Universidades e da Fiocruz e a liderança empresarial decidissem que esta área será prioritária e trabalhassem com alguns focos promissores e um bom gerenciamento de projetos. Os resultados certamente apareceriam em pouco tempo. Vamos começar?

 IVFRJ On Line - Qual a sua expectativa quanto ao Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro?

 Paulo Buss - Acho que o IVF poderia ser o grande galvanizador do processo que sugeri acima. A Fiocruz está aí para ajudar com toda a energia e perseverança. Aguardamos o chamado.


FAPERJ


LASSBio

English Version
Desenvolvida por
Cúpula Informática
Visitantes: