FAPERJ
e Ministério da Saúde destinam R$ 3 milhões
para área médica
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Em dezembro, no Centro de Ciências da Saúde da UFRJ,
na Ilha do Fundão, a FAPERJ (representando o Governo
do Estado do Rio de Janeiro) lançou edital em
parceria com o Ministério da Saúde e o Ministério da
Ciência e Tecnologia, com o objetivo de financiar
projetos científicos, tecnológicos e de inovação na
área da saúde no Estado do Rio de Janeiro.
O edital destinará recursos da ordem de R$
3.000.000,00 – metade oriunda do Governo do Estado
do Rio de Janeiro e metade do Ministério da Saúde –
ao Programa Pesquisa para o SUS: gestão
compartilhada em saúde. Destes recursos, cerca
de um terço será utilizado na implantação de uma
rede de pesquisa em métodos moleculares para o
diagnóstico de doenças crônicas, degenerativas,
infecciosas e parasitárias.
Jerson Lima Silva, diretor-científico da Faperj,
disse que o edital sinaliza para a importância da
transversalidade na área de pesquisa em saúde. “Na
área da ciência básica já alcançamos um nível de
excelência internacional e o desafio agora é apoiar
e desenvolver pesquisas com aplicações diretas que
envolvam os diversos setores da saúde pública”,
disse. Para Jerson Lima, é essencial que a pesquisa
médica tenha uma interface com os serviços de saúde,
visando a melhoria da saúde pública, tanto no
tratamento como na prevenção de doenças.
O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e
Inovação, Wanderley de Souza louvou a iniciativa do
Ministério da Saúde em apoiar o setor de pesquisa em
saúde no estado. “Temos a certeza de que esse edital
é apenas o ponto de partida para uma estreita
colaboração com o Ministério da Saúde em parcerias
futuras”, disse.
O diretor do departamento de Ciência e
Tecnologia do Ministério da Saúde, Reinaldo
Guimarães, lembrou que nos países que ocupam a
liderança na área de saúde pública, os seus
respectivos ministérios da saúde têm papel decisivo
no apoio à pesquisa. “Nos países em desenvolvimento,
com exceção daqueles de origem anglo-saxã, o quadro
é diferente e há ainda pouco envolvimento dos
ministérios da saúde em pesquisa. Desde 2003 estamos
trabalhando para modificar essa realidade”, disse
Guimarães, que também ocupa o cargo de presidente do
Conselho Superior da FAPERJ.