Segundo encontro apresenta potencial do setor de fármacos no Rio de Janeiro

Um painel da economia fluminense e o potencial do estado do Rio de Janeiro na área de fármacos. Esse foi o tema da segunda conferência do I Ciclo de Conferências do Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro (IVFRJ), realizada na terça-feira, 20 de setembro, na Academia Brasileira de Ciências. O palestrante Alexandre Raposo, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, que substituiu o secretário Maurício Chacur, falou sobre a política do governo do estado de incentivos para indústrias farmacêuticas e também de outros setores da economia.

De acordo com Raposo, o programa Rio Fármacos criado pelo governo estadual em 1998, oferece um financiamento para capital de giro depois que a empresa entra em operação. Por intermédio do programa, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) retorna à empresa um valor equivalente ao percentual de 9% do faturamento bruto, e como garantia, caso o estado não devolva esse dinheiro, é autorizada uma compensação no pagamento do imposto no mês subseqüente. Ainda segundo ele, outra ação do governo estadual para estimular o setor foi a criação de uma agência de fomento - a InvesteRio - para atuar no âmbito do BNDES.

Outro incentivo vem do Decreto 36.450, que beneficia com abatimento do ICMS toda a cadeia produtiva da indústria farmacêutica - desde indústrias de química fina e laboratórios farmacêuticos até estabelecimentos comerciais atacadistas e a central de distribuição. Este dispositivo legal permite que o tributo não seja pago na circulação da matéria prima, e sim no momento em que o produto farmacêutico entra em circulação.

Com um faturamento anual de US$ 5,56 bilhões, isso em 2003, o mercado farmacêutico no Brasil é o 11º no ranking mundial, com 551 laboratórios instalados. Mesmo assim, a indústria depende de importações. O Rio de Janeiro concentra, hoje, 11% do mercado farmacêutico nacional. "O estado reúne condições favoráveis ao desenvolvimento do setor, com universidades, centros de pesquisa, facilidades logísticas e infra-estrutura", revelou Alexandre Raposo.

A expansão de empreendimentos já existentes no estado e a chegada de novas empresas ao Rio de Janeiro é uma realidade, segundo Raposo. Para citar alguns investimentos, Ranbaxy (Campo Grande), Roche (Jacarepaguá) e Servier (Jacarepaguá), que totalizam R$ 450 milhões e geram 1.300 empregos diretos, são alguns exemplos. "O setor farmacêutico é estratégico para a economia fluminense por sua capacidade de atrair novos investimentos", afirmou Raposo.

O palestrante também lembrou as marcas recordes da economia fluminense - estado líder na atração de investimentos em 2004 (R$ 50,1 bilhões), 2º lugar na renda per capita nacional, entre outras -, além de destacar pontos da infra-estrutura do estado - população com o maior nível de escolaridade do país, quatro parques tecnológicos e 12 incubadoras, 110 instituições de ensino superior, 566 programas de graduação e 190 de pós-graduação.


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