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Futuro promissor para a indústria brasileira
de fármacos |
Inovar
para crescer.
Essa é a fórmula para que a indústria brasileira de
fármacos tenha um futuro promissor, de acordo com
Roberto Debom Moreira, gerente do Departamento de
Desenvolvimento de Novos Produtos do Laboratório
Cristália. Ele apresentou esta e outras
idéias na palestra "Perspectivas da Indústria Brasileira
na Área de Fármacos", no dia 7 de março, dentro do
I Ciclo de Conferências do Instituto Virtual de Fármacos
do Rio de Janeiro, realizada no auditório da Academia
Brasileira de Ciências.
"Inovação é o berço do crescimento. As empresas
que mais faturam, que mais vendem são as empresas
que apostam na inovação. Os preços dos fármacos inovadores
são o dobro dos preços médios de qualquer medicamento.
Inovar é fundamental para o crescimento da empresa
e da sustentação da mesma no mercado e do próprio
mercado!" - disse o gerente do laboratório paulista.
Segundo Debom, entre 2002 e 2005, o mercado interno
cresceu cerca de 35%, principalmente na área dos genéricos,
passando de US$ 159 milhões para US$ 477 milhões nesse
período. Dentro desse cenário, ele destacou o desempenho
de alguns laboratórios nacionais como Medley, Teuto,
Neo Química, Biosintética, Eurofarma entre outros.
Para os próximos quatro anos a projeção é positiva
com um crescimento de 3,2% do mercado, algo em torno
de 8,3 milhões de reais.
O farmacêutico graduado pela Universidade de Santa
Maria no Rio Grande do Sul, que iniciou sua carreira
profissional no Rio de Janeiro, fez questão de demonstrar
sua paixão pela cidade maravilhosa. Em sua apresentação,
ele falou de alguns aspectos econômicos de países
da América Latina e afirmou que a evolução do mercado
de fármacos está intimamente ligada a diversos fatores
como: o crescimento do PIB e a diminuição da inflação.
O gaúcho de espírito carioca exigiu uma maior atuação
política para manter o crescimento da indústria brasileira.
"É uma tendência para os próximos quatro anos que
os esforços governamentais sejam intensos, porém ainda
pontuais. Não há previsão de reforma estrutural no
sistema de saúde.", afirmou Debom.
O Dr. Debom forneceu uma verdadeira receita para o
sucesso durante sua palestra, caracterizando até a
gestão industrial necessária para se manter uma empresa,
fazê-la dar lucro e ser inovadora. Com uma alta gerência,
com uma gerência de projetos com conhecimento da área
de atuação, com qualificação e liderança. Seria necessário
também um setor financeiro, que dependendo do interesse
empresarial pode ser terceirizado, um setor de marketing
forte, que possa servir de intermediário entre o grupo
de desenvolvimento e o médico que vai usar o produto
final. "Um grupo de pesquisa e desenvolvimento
que modifique ou elimine o princípio ativo e um setor
de produção que coordene a fabricação do medicamento
inovador ou do próprio genérico. Por último teríamos
um controle de qualidade rígido para que dessa forma
fosse regularizada a patente junto à ANVISA.",
afirmou.
O diretor presidente da CODIN
(Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de
Janeiro), Helio Cabral também participou do evento.
Ele apresentou dados sobre os programas do governo
do Rio de Janeiro para atrair empresas de diferentes
setores, inclusive o farmacêutico, para o estado.
"Elaboramos uma política tributária com benefícios
mais atraentes do que qualquer outro estado da nação.",
disse. Ainda segundo ele, hoje o órgão tem de 40 a
50 empresas já enquadradas.
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