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IVFRJ On Line - 13ª Edição
Um pouco de terminologia
Em todos os campos da ciência e da tecnologia encontramos termos específicos e alguns quase indecifráveis. A área farmacêutica não é diferente e está repleta de palavras que às vezes até parecem ter o mesmo significado. Mas fique atento e veja o significado de alguns termos nesta coluna, que contou com a colaboração do professor François Noël, do Depto. de Farmacologia - ICB/UFRJ

REMÉDIO
: é qualquer substância OU RECURSO (ex. radioterapia...) usado para combater uma moléstia. Apesar de ser muito usado, sobretudo popularmente, este termo deve ser trocado por "Medicamento" quando se quer falar especificamente de uma formulação farmacêutica (contendo um ou vários princípios ativos, denominados fármacos) usada para tratar (ou prevenir) uma doença. Neste contexto, vale a pena conferir a definição, "legal" e muito apropriada, dada pela ANVISA (RDC nº 135 de 29/05/2003): "MEDICAMENTO: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico (Lei nº 5.991, de 17/12/73). É uma forma farmacêutica terminada que contém o fármaco, geralmente em associação com adjuvantes farmacotécnicos".

EFEITO COLATERAL (do inglês "side effect"): é um efeito diferente daquele efeito principal responsável pelo efeito e uso terapêutico do fármaco; assim, um efeito colateral pode ser benéfico ou indiferente e não necessariamente adverso, indesejável ("unwanted side effect"). De acordo com esta interpretação, podemos citar o documento "Clinical Safety Management: definitions and standards for expedited reporting - E2A", recomendado para adoção pelos órgãos regulatórios da Comunidade Européia, Japão e Estados Unidos da América (ICH-International Conference on Harmonisation of technical requirements for registration of pharmaceuticals for human use). De fato, este documento(II.A.2.) menciona claramente que "o termo antigo side effect (i.e. efeito colateral) foi usado de várias maneiras no passado, usualmente para descrever efeitos negativos (não favoráveis), mas também efeitos positivos (favoráveis). É recomendado que este termo não seja mais usado e que , particularmente, não seja considerado como sinônimo de reação adversa".

Nota-se que pode haver controversas quanto à definição de efeito colateral, mas não quanto à necessidade de se abandonar este termo, como veremos a seguir: no Tratado de Farmacologia Clínica e Farmacoterapia (ed. Grahame-Smith & Aronson, terceira edição - Guanabara Koogan) se diz que "um efeito adverso refere-se a um efeito não desejado de um fármaco. Os efeitos adversos podem ser decorrentes de efeitos tóxicos ou efeitos colaterais. Um efeito tóxico é um efeito adverso que surge em conseqüência da intensificação do mesmo efeito farmacológico responsável pelo efeito terapêutico do fármaco; por conseguinte trata-se de um efeito relacionado com a dose. Um efeito colateral refere-se a um efeito adverso que surge através de alguma reação farmacológica distinta daquela que produz o efeito terapêutico (estes efeitos podem estar relacionados ou não com a dose".

- De qualquer forma, deve-se evitar este termo como recomendam os mesmos autores: "Como os efeitos colaterais relacionados com a dose também podem ser considerados como efeitos tóxicos, é mais apropriado evitar os termos "efeitos tóxicos" e "efeitos colaterais" e, no seu lugar, empregar o termo "efeitos adversos", que abrange todos os tipos de efeitos não desejados".

Assim sendo, devemos usar a palavra "EFEITO ADVERSO" (ou efeito "indesejável") condizente com o termo "REAÇÃO ADVERSA AO MEDICAMENTO" (RAM), termo consagrado em Farmacovigilância ("É qualquer resposta a um medicamento que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica"- ANVISA, Resolução - RDC nº 140, de 29 de maio de 2003"). Nota-se que esta definição está plenamente de acordo com a definição dada pela Organização Mundial da Saúde (WHO technical report 498 de 1972).

DROGA: é uma infeliz tradução do inglês "drug" que contamina boa parte dos livros textos (traduzidos em português). Em português, temos a palavra "FÁRMACO", muito melhor para distinguir o "princípio ativo" de um medicamento das "drogas ilícitas", como cocaína. Ou seja, quando se vê "drug" em inglês, deve se usar "fármaco" em português. Da mesma forma, quando se vê "drug product" em inglês, deve se usar "medicamento" em português. Nota-se que pode haver incoerência de terminologia na própria legislação brasileira quando o termo "droga" coabita com "fármaco", apropriadamente usado na definição de medicamento, como vimos acima. Exemplo disso é a definição de "droga" na RDC nº 135 de 29/05/2003: "Substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária".

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