Transformação
do conhecimento
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Palestras
do 4º RIOPHARMA discutem ética, responsabilidades
e muito mais
O tema central do 4º RIOPHARMA, realizado
de 15 a 18 de junho, no Hotel Glória, Rio de Janeiro
foi "A Transformação do Conhecimento". Para
Jorge Cavalcanti Oliveira, presidente do congresso
e da Associação Brasileira de Farmacêuticos, o objetivo
do evento foi colocar em discussão os riscos e responsabilidades
do trabalho do farmacêutico. "O encontro trouxe
a oportunidade de discutirmos as responsabilidades
que nos cabem no processo apropriação, transformação
e transmissão do conhecimento", afirmou.
Na solenidade de abertura, a mesa estava composta
pelo Dr. Luiz Fernando S. Chiavegatto, presidente
do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro;
Dr. Edson Táki, vice-presidente do Conselho Federal
de Farmácia; Dr. Jorge Cavalcanti Oliveira, presidente
da Associação Brasileira de Farmácia e presidente
do evento; e a Dra. Maria Eugenia Carvalhaes, presidente
da Federação Nacional de Farmacêuticos.
Fio condutor de todas as palestras da programação,
a temática principal do evento começou a ser discutida
logo na conferência de abertura com o professor
Volnei Garrafa, que falou sobre Bioética e a transformação
do conhecimento. O palestrante, professor titular
e coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade
de Brasília; presidente da Sociedade Brasileira
de Bioética; presidente do Conselho Diretor da Rede
Latino-Americana e do Caribe de Bioética da UNESCO
/ REDBIOÉTICA, anunciou que ainda no mês de junho,
em Brasília, seriam discutidos os tópicos para a
construção do Conselho Nacional de Bioética e a
criação da Declaração Universal de Biotética.
Indo direto ao assunto, o professor Volnei comentou
que "o limite para as pesquisas não é mais técnico
e sim ético. Não há mais distinção entre o bem e
o mal, o certo e o errado. A ciência e a técnica
roubaram o tempo para o amadurecimento da moral.
Houve uma mudança nos parâmetros, fragilizando a
espécie humana".
Para o professor Garrafa, o exercício da ética responsável
no Brasil deve ser orientado por quatro Ps: Prevenção,
Proteção (um dos mais vulneráveis), Precaução (frente
ao desconhecido) e Prudência. Mas, segundo ele,
nosso país é um grande paradoxo, pois "estamos com
um pé no século IX, com registros de escravidão
humana; e outro pé no século XXI com as pesquisas
de genoma e células-tronco".
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