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Luís
Eduardo Ribeiro da Cunha,
Diretor científico do Instituto Vital Brazil,
é o conselheiro desta edição do Boletim OnLine
do IVFRJ
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Luís
Eduardo Ribeiro da Cunha, médico veterinário, é um
dos conselheiros do IVFRJ e Diretor Científico do
Instituto Vital Brazil. Natural de Porciúncula/RJ,
ele é o que se pode chamar de um estudioso, qualidade
que lhe garantiu ascensão de estagiário ao atual cargo
de diretor, numa caminhada de 24 anos. Sua área é
a responsável pelas pesquisas, produção e controle
de qualidade de medicamentos e soros contra picadas
de animais peçonhentos, a partir dos venenos. O IVB
é um dos três fornecedores de soros para o Ministério
da Saúde.
Graduado pela Universidade Federal Fluminense (UFF),
em 1982, Luís Eduardo realizou duas pós-graduações:
Microbiologia (CETEP/INDECS/ESAS) e Atualização de
Processos de Gestão e Tecnologias de Informações em
Saúde (Escola Nacional de Saúde Pública / Fiocruz
). Fez o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia,
na Escola Superior de Guerra (ESG), em 1997, quando
defendeu tese sobre a "Indústria Farmacêutica na Mobilização
Nacional".
Os cursos e congressos que participou chegam ao total
de 60, entre grupos de trabalho no Ministério da Saúde,
workshops e a experiência internacional, com visitas
técnicas em diversos laboratórios e fábricas de medicamentos
da Alemanha, Itália, Cuba e Estados Unidos. Ao México
foi como bolsista do CNPq para produção e controle
de qualidade de Toxóide Tetânico. Teve dois manuais
publicados pelo Ministério da Saúde: Produção e Controle
de Toxóide Tetânico e Produção e Controle de Qualidade
da Vacina Contra Raiva. Atualmente também presta Consultoria
Farmacológica e Biotecnológica em diversos projetos
no Brasil.
Sobre a situação da área de Fármacos no Brasil, o
professor Luís Eduardo afirma que, mesmo que os dados
da Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica
informem que a produção de medicamentos no Brasil
vem crescendo nos últimos anos, assim como os investimentos
do CNPq, tanto em Farmacologia, quanto em Química
e Bioquímica, o ritmo nacional poderia ser mais acelerado.
"Atualmente nosso parque industrial opera com 60%
de sua capacidade. Mas, de forma geral, acredito que
a política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
(PITCE), do governo federal, chega trazendo expectativa
de desenvolvimento. O que vemos atualmente é que quase
sempre os recursos para pesquisa vêm basicamente das
agências federal e estaduais. Mas alguns laboratórios
privados já investem em parcerias com as universidades.
E isto deverá diminuir a defasagem do Brasil em relação
a outros países."
Ainda segundo Luís Eduardo, um outro problema é o
tempo levado para ser desenvolvido um fármaco que
pode levar entre 10 a 15 anos. Sempre atento aos boletins
do Instituo Virtual de Fármacos, que considera importantes
para difusão de projetos científicos, o professor
diz ainda que devem ser valorizados "por serem um
importante canal de comunicação entre profissionais
do setor e pessoas interessadas". "A parceria entre
universidades e indústrias começa a sair do papel.
A leitura do boletim já é um hábito meu. Aproveito
para parabenizá-los pelos dois anos de criação do
IVFRJ", afirma.
Como conselheiro do IVFRJ, Luís Eduardo acredita que
o principal papel do instituto é o de incentivar pesquisas
entre a comunidade científica e o desenvolvimento
de tecnologia para que em breve o Brasil tenha um
produto 100% nacional. "Temos todas as condições para
nos tornarmos independentes. Já foi assim com o setor
petrolífero e deve ocorrer com a Farmacologia. Afinal,
carente de saúde, nosso país precisa muito de medicamentos.
Basta vontade política, pois a questão é estratégica
e tem tudo a ver com um país que quebra patentes de
medicamentos e dá exemplo em campanhas de prevenção
da aids", conclui.
Contato
Dr.
Luís Eduardo Ribeiro da Cunha
Instituto Vital Brazil Diretoria Científica
Tel: 2711-3131 ramal: 132
http:// www.ivb.rj.gov.br
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