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IVFRJ On Line - 19ª Edição
Ano II - 28 de setembro de 2005

Diálogo entre ciência e economia

Um painel da economia fluminense e o potencial do estado do Rio de Janeiro na área de fármacos. Esse foi o tema da segunda conferência do I Ciclo de Conferências do Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro (IVFRJ), realizada na terça-feira, 20 de setembro, na Academia Brasileira de Ciências. O palestrante Alexandre Raposo, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, que substituiu o secretário Maurício Elias Chacur, falou sobre a política do governo do estado de incentivos para indústrias farmacêuticas e também de outros setores da economia.

Na platéia, pesquisadores e empresários do setor farmacêutico fluminense eram um sinal positivo de que o Ciclo de Conferências do IVFRJ está alcançando seus objetivos de divulgar e discutir as políticas para o setor farmacêutico e de inovação. Estiveram presentes: Carlos Santarém, do Conselho Regional de Farmácia; Luciano Velasco, do BNDES; Eduardo Bittencourt, da CODIN; Juan Pablo Muller, da empresa BBraun; Renata Campello, do Escritório de Patentes Danneman, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Nilza Bachinsk, da Escola de Farmácia da Unigranrio; entre outros.

De acordo com Raposo, o programa Rio Fármacos criado pelo governo estadual em 1998, oferece um financiamento para capital de giro depois que a empresa entra em operação. Por intermédio do programa, a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) retorna à empresa um valor equivalente ao percentual de 9% do faturamento bruto, e como garantia, caso o estado não devolva esse dinheiro, é autorizada uma compensação no pagamento do imposto no mês subseqüente. Ainda segundo ele, outra ação do governo estadual para estimular o setor foi a criação de uma agência de fomento - a InvesteRio - para atuar no âmbito do BNDES.

Outro incentivo vem do Decreto 36.450, que beneficia com abatimento do ICMS toda a cadeia produtiva da indústria farmacêutica - desde indústrias de química fina e laboratórios farmacêuticos até estabelecimentos comerciais atacadistas e a central de distribuição. Este dispositivo legal permite que o tributo não seja pago na circulação da matéria prima, e sim no momento em que o produto farmacêutico entra em circulação.

"Este benefício é resultado de negociações com empresários para manter empresas no Rio e permitir a sua expansão. Várias empresas que antes pretendiam sair do Rio agora ficam, garantindo mais de 700 empregos", disse Raposo.

Com um faturamento anual de US$ 5,56 bilhões, isso em 2003, o mercado farmacêutico no Brasil é o 11º no ranking mundial, com 551 laboratórios instalados. Mesmo assim, a indústria depende de importações. O Rio de Janeiro concentra, hoje, 11% do mercado farmacêutico nacional. "O estado reúne condições favoráveis ao desenvolvimento do setor, com universidades, centros de pesquisa, facilidades logísticas e infra-estrutura", revelou Alexandre Raposo.

A expansão de empreendimentos já existentes no estado e a chegada de novas empresas ao Rio de Janeiro é uma realidade, segundo Raposo. Para citar alguns investimentos, Ranbaxy (Campo Grande), Roche (Jacarepaguá) e Servier (Jacarepaguá), que totalizam R$ 450 milhões e geram 1.300 empregos diretos, são alguns exemplos. "O setor farmacêutico é estratégico para a economia fluminense por sua capacidade de atrair novos investimentos", afirmou Raposo.

O palestrante também lembrou as marcas recordes da economia fluminense - estado líder na atração de investimentos em 2004 (R$ 50,1 bilhões), 2º lugar na renda per capita nacional, entre outras -, além de destacar pontos da infra-estrutura do estado - população com o maior nível de escolaridade do país, quatro parques tecnológicos e 12 incubadoras, 110 instituições de ensino superior, 566 programas de graduação e 190 de pós-graduação.


Observatório de necessidades

Representando o professor Eliezer Barreiro, coordenador o IVFRJ, ausente por motivo de viagem, o professor do Instituto de Química da UFRJ, Ângelo da Cunha Pinto, esteve na mesa ao lado do palestrante. Ele estava satisfeito com o resultado do encontro. "O ciclo está cumprindo seu papel de divulgar e discutir as políticas para o setor farmacêutico, funcionando como um observatório das necessidades do estado, das empresas e dos pesquisadores", resumiu.

Ele defende uma articulação entre as secretarias estaduais em torno do fármaco, uma vez que as universidades formam um número expressivo de doutores a cada ano. "É necessário que se faça um levantamento pontual para o desenvolvimento do setor, e o IVFRJ pode funcionar como um articulador de idéias e ações", disse o professor Ângelo.

A próxima conferência do ciclo será em 18 de outubro, às 15 horas, com o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro, Luiz Fernando S. Chiavegatto,que abordará os atos regulatórios de fármacos.


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