Medicamentos falsificados estão cada vez mais
nas ruas
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Alteração
na quantidade do teor de medicamentos e cosméticos
lidera ranking de adulterações
Falsificação
e adulteração de medicamentos. |
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A
oportunidade de ganhar dinheiro fácil, economizando
na hora da fabricação, coloca cada vez mais em risco
o bem-estar e a saúde do brasileiro. Mas, esses dois
temas devem ser tratados de forma distinta.
O produto falsificado é proveniente de laboratórios
e indústrias não registrados e vendido, em grande
parte, em feiras e camelôs. Para evitar esse tipo
de constrangimento, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - Anvisa recomenda ao consumidor que compre
medicamentos apenas em drogarias e farmácias. De acordo
com o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública
(ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz, Professor Francisco
Paumgartten, esses casos são também assunto de polícia.
"A falsificação de medicamentos é assunto também
para a polícia. Além de crime contra a saúde pública
trata-se de má fé e pirataria.", disse.
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Diferentemente
da falsificação, existem casos comuns de adulteração
de produtos de laboratórios registrados. |
Somente
em 2005, a Anvisa suspendeu de comercialização 53
medicamentos de 24 laboratórios ou indústrias, interditou
32 produtos e apreendeu ou inutilizou 159 produtos
de 44 laboratórios diferentes.
Além disso, oito empresas tiveram alguma ou todas
as suas atividades suspensas este ano e cinco tiveram
todos os seus medicamentos apreendidos.
De acordo com o gerente do Setor de Farmácia da Vigilância
Sanitária do município do Rio de Janeiro, Ubimar Velasco,
a alteração na concentração de medicamentos é a forma
mais utilizada para se burlar um produto. "Em cerca
de 20 anos de formado, o que mais acompanho é alteração
na quantidade do teor de medicamentos ou cosméticos.
Não são dados específicos, mas, falando por experiência
própria, esse tipo de adulteração é sem dúvida o mais
comum.", afirmou.
Além do exemplo anterior, Ubimar enumera a mudança
de fórmula e embalagem rompida como elementos importantes
na lista dos agentes da Vigilância Sanitária. "Essas
maneiras também acontecem. Todas elas visam o lucro,
diminuindo os custos para a fabricação do produto.
Quando descobrimos, vamos em cima e acabamos com isso.",
disse Velasco.
Para denúncias sobre produtos adulterados o consumidor
pode ligar para o serviço da Vigilância Sanitária
do município do Rio de Janeiro pelo telefone (21)
2215-0690.
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