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IVFRJ
On Line - 22ª
Edição
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Ano
II - 02 dezembro de 2005
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A
aspirina pode reduzir significativamente o risco de
derrames em mulheres. Estudo feito nos Estados Unidos,
com dados de mais de 95 mil pacientes, mostrou que
o uso do medicamento representou uma redução em 17%
no risco de acidente vascular cerebral (AVC). De acordo
com a American Stroke Association, perto de 700 mil
pessoas sofrem AVC anualmente nos Estados Unidos,
com cerca de 163 mil mortes. Do total de casos, 60%
ocorrem em mulheres.
Os resultados da pesquisa foram apresentados no início
de novembro por Jeffrey Berger, do Centro Médico da
Universidade de Duke, durante a reunião anual da American
Heart Association, em Dallas. A redução do risco de
AVC não foi verificada entre homens. Segundo os pesquisadores,
os resultados devem levar a estudos que avaliem as
diferenças entre os gêneros em relação a doenças vasculares
cerebrais e os medicamentos usados para preveni-las.
"As causas ou mecanismos por trás das diferenças
entre os gêneros em relação à capacidade da aspirina
em prevenir derrames são desconhecidos e precisam
ser mais bem investigados", disse Berger, em comunicado
da universidade norte-americana. "Mas a principal
questão levantada por nosso estudo é que deve haver
diferenças biológicas na forma como os gêneros respondem
a determinados medicamentos."
Durante um derrame, as células cerebrais são danificadas
ou mortas e os efeitos no paciente dependem do tamanho
do dano e da parte do cérebro afetada. Há dois tipos
de AVC. O mais comum é o isquêmico, que representa
cerca de 80% dos casos e no qual as artérias que levam
sangue ao cérebro são obstruídas por placas de gordura
ou por um coágulo. O derrame hemorrágico, em que ocorre
o rompimento de vasos sangüíneos no cérebro, é o que
traz conseqüências mais sérias.
Ao considerarem apenas os derrames isquêmicos, os
médicos da Universidade de Duke descobriram que o
uso da aspirina reduziu ainda mais o risco entre mulheres:
24%, comparado com os 17% para a soma dos dois tipos
de acidentes vasculares.
Os pesquisadores compararam dados de seis levantamentos,
que abrangeram um total de 95.456 pacientes, dos quais
51.342 mulheres. Todas as análises envolveram a comparação
do uso de aspirina com o do placebo na prevenção de
problemas cardiovasculares.
Os autores enfatizaram a indicação de que aqueles
que podem tomar aspirina o façam, não apenas mulheres,
mas também homens, uma vez que estudos anteriores
apontaram nestes últimos a redução de risco de infarto
pelo uso do remédio.
Mais informações: http://medschool.duke.edu
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