Dia do Farmacêutico - 20 de janeiro
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Peça
fundamental em todos os serviços na área de
saúde, o farmacêutico tem em 20 de janeiro,
o seu dia especial.
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Guerreiro fiel na busca pela melhor qualidade de vida
e saúde de toda uma nação, o profissional de farmácia
brasileiro está de parabéns pela luta e empenho diários,
que culminam no avanço tecnológico e científico deste
país.
Vale lembrar que 2006 é um ano mais do que especial
para o farmacêutico. No dia do farmacêutico (20 de
janeiro), são comemorados 90 anos da criação da Associação
Brasileira de Farmacêuticos. Além disso, completam-se
em 4 de novembro, 80 anos da 1ª Farmacopéia Brasileira
e, em 8 de setembro, 75 anos da regulamentação da
Profissão Farmacêutica no Brasil. No dia 11 de novembro,
comemoramos 45 anos de criação dos Conselhos de Farmácia.
Breve histórico
De acordo com a enciclopédia Barsa, o documento farmacológico
mais antigo que se conhece retrata algumas receitas
para o preparo de medicamentos, que aparecem numa
placa de argila com cerca de cinco mil anos, encontrada
em escavações realizadas na Suméria. O papiro de Ebers
(de 1500 a.C.) contém uma lista de medicamentos, entre
os quais alguns com propriedades reconhecidas na atualidade,
como o ferro, usado para combater anemias.
A medicina européia caracterizou-se, até o século
XVI, por grande apego às doutrinas dos clássicos gregos,
sobretudo as de Galeno, aceitas como absolutas por
mais de um milênio. Galeno acreditava que a cura dependia
da associação de muitos medicamentos, pois se supunha
que as doenças atingiam sempre mais de um órgão ao
mesmo tempo. O primeiro a combater o galenismo foi
Paracelso, que no século XVI adotou novos medicamentos.
Embora o estudo da estrutura e das funções orgânicas
evoluísse nos 300 anos seguintes, a terapêutica permaneceu
mais como arte que como ciência. Em fins do século
XVIII e início
Em 1803, o farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Sertürner
conseguiu isolar a substância responsável pela ação
hipno-analgésica do ópio (látex da papoula), à qual
deu o nome de morfina. Foi o primeiro de uma longa
série de princípios ativos isolados a partir de vegetais.
O conceito de investigação sistemática da ação das
drogas, porém, somente apareceu em 1850 com François
Magendie. Foi grande, nesse sentido, a contribuição
dos fisiologistas e químicos.
A farmacologia como ciência teve realmente início
na segunda metade do século XIX, com dois pesquisadores
alemães alunos de Magendie. Rudolph Buchheim instalou
o primeiro laboratório de farmacologia experimental
na Universidade de Dorpat. Oswald Schmeiderberg criou,
na Universidade de Strasbourg, o mais importante centro
de pesquisa, difusão e sistematização da farmacologia
experimental.
Merece destaque o trabalho de outro discípulo de Magendie,
Claude Bernard, que relatou suas experiências com
o curare, usado pelos indígenas da Amazônia para envenenar
flechas. Seu contemporâneo Louis Pasteur, entre outras
descobertas importantes, estabeleceu o conceito de
doenças infecciosas transmissíveis e preparou vacinas
preventivas e curativas. Com Pasteur e seus continuadores,
a farmacologia ganhou medicamentos novos, capazes
de produzir imunidade artificial.
A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina,
no século XX, foi a dos antibióticos, substâncias
elaboradas por organismos vivos e utilizadas com o
fim de destruir ou impedir o desenvolvimento de outros
seres vivos de ação patogênica. Coube ao britânico
Alexander Fleming, em 1928, fazer as primeiras observações
que levariam à descoberta da penicilina. Atualmente,
é grande a quantidade de antibióticos de eficácia
comprovada, mas as pesquisas continuam, em função
das situações novas que surgem. Inúmeras outras descobertas
e sínteses vêm sendo feitas nesse campo. Imensamente
enriquecida, a farmacologia atual constitui matéria
básica e indispensável do currículo médico-científico.
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