O que é o IVFRJ
Porque o IVFRJ
Instituições Associadas
Localização
Conselho Consultivo
Atas
Cadastro
Equipe
Home

IVFRJ OnLine
.: Nova Edição
.: Edições Anteriores
Eventos
.: 2004
.: 2005
.: 2006
Biografias
Links
Notícias
Legislação
Sala de Leitura
O que são os IV's
Outros Institutos Virtuais
Fale Conosco

Associações, Conselhos & Sindicatos
Distribuidoras
Hospitais
Indústrias
Indústrias
.: Laboratórios
Laboratórios
.: Governamentais
.: Privados
ONG´S
Universidades
.: Instituições
.: Pesquisadores

Cenário Farmacêutico
.: Perfil Empresarial em Fármacos no RJ
.: Impacto Sócio-Econômico da Indústria Quimica - RJ
.: Dados IBGE - Pesquisa Industrial 2004
.: Pesquisadores por Km2 RJ/SP/MG


Cadeia Produtiva
Histórias

IVFRJ On Line - 26ª Edição
Ano II - 23 de fevereiro de 2006
Futuro dos fármacos está nas pequenas moléculas

Imaginação e criatividade. Essa foi a fórmula do sucesso para se descobrir novos fármacos ensinada pelo Dr. Simon Campbell, da Royal Society of Chemistry, aos alunos dos cursos de Química e Farmácia que lotaram o auditório do Bloco B, da UFRJ, para assistir a sua palestra. O descobridor do Sildenafil, o Viagra® veio participar da XII Escola de Verão em Química Farmacêutica e Medicinal organizada pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e que conta com o apoio do Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro/Faperj.

Na primeira palestra, do dia 13, o Dr. Campbell contou como foi a descoberta do fármaco que hoje rende a Pfizer cerca de U$ 6 bilhões ao ano. Segundo ele, o Viagra® foi descoberto por acaso.

"Nossa intenção inicial era desenvolver um fármaco para combater doenças cardiovasculares. Sem que entendêssemos bem o porquê, durante os testes, observamos que o medicamento começou a estimular a ereção", contou Simon.

Ele também explicou que o trabalho de pesquisa levou cerca de 13 anos, isso considerando os diversos testes que devem ser feitos para se colocar um novo medicamento no mercado.

Para Campbell, "a descoberta de novos fármacos não é um processo mecânico. É preciso muita imaginação e criatividade. Eu não conheço ninguém que faça descobertas escrevendo emails o dia inteiro ou falando sem parar no celular", ensinou.

Já na palestra do dia 14, o Dr. Simon Campbell falou sobre outra descoberta. Dessa vez ele falou sobre a Amlodipina, o Norvasc®, nome comercial do princípio ativo. Esse é o quarto medicamento mais vendido no mundo e o mais indicado para o tratamento de hipertensão e angina, rendendo para a Pfizer, laboratório que o patenteou, algo em torno de 10 bilhões de reais por ano.

Revolucionando o mercado, o fármaco age como um bloqueador de canais de cálcio, causa a dilatação das artérias, aumentando o fluxo sangüíneo para o coração, combatendo os problemas cardíacos com uma duração espetacular de 24 horas. O processo de desenvolvimento do Norvasc® deu-se por meio da descoberta de um medicamento de referência que foi patenteado pelo laboratório inglês. No entanto sua comercialização foi permitida somente nos Estados Unidos dada sua insolubilidade e metabolização rápida pelo organismo. Por isso o grupo de pesquisadores decidiu partir à procura de uma forma mais eficaz do remédio que pudesse ser comercializada em todo o mundo.

Durante sua apresentação o pesquisador, que já fez pós-doutorado na Universidade de São Paulo, também falou sobre fármacos, em geral, na atualidade. Ressaltou a importância da interação e comunicação entre os farmacêuticos, biólogos e químicos que compõem os grupos de pesquisa das indústrias. "Em um mercado competitivo, onde de 15 mil compostos apenas um chega às prateleiras depois de 10-20 anos de pesquisa, essas equipes, de no máximo 30 pessoas, devem estabelecer parcerias e manterem-se informadas sobre as publicações e resultados mais recentes para acelerar o desenvolvimento dos novos princípios ativos".

Simon Campbell discursou sobre o futuro dos remédios e disse que "acredita na continuação das pequenas moléculas como principais componentes dos fármacos", mas citou as proteínas, a terapia genética, as vacinas e os anticorpos sintéticos como substâncias que preenchem os requisitos de solubilidade, potência e duração do efeito para combater as principais doenças.

Por Edna Ferreira e Matheus Fierro


FAPERJ

LASSBio

Desenvolvida por
Cúpula Informática
Visitantes: