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IVFRJ On Line - 27ª Edição
Ano II - 23 de março de 2006
Além de um futuro promissor
Pesquisadores e empresários debatem doenças negligenciadas e crescimento industrial

Por Edna Ferreira

"inovação é o berço do crescimento. As empresas que mais faturam, que mais vendem são as empresas que apostam na inovação. Os preços dos fármacos inovadores são o dobro dos preços médios de qualquer medicamento. Inovar é fundamental para o crescimento da empresa e da sustentação da mesma no mercado e do próprio mercado!"
Roberto Debom
 

Mesmo diante de um quadro otimista para a indústria brasileira de fármacos, nos próximos quatro anos, o que marcou a reabertura do I Ciclo de Palestras do Instituto Virtual de Fármacos no dia 7 de março, no auditório da Academia Brasileira de Ciências, foi um debate sobre doenças negligenciadas. Os números apresentados pelo farmacêutico Roberto Debom Moreira, gerente do Departamento de Desenvolvimento de Novos Produtos do Laboratório Cristália, em sua palestra "Perspectivas da Indústria Brasileira na Área de Fármacos" abriram espaço para perguntas e sugestões sobre as doenças que ainda matam milhões de pessoas no mundo.

O professor Ayres, da Uerj, iniciou o questionamento perguntando se a indústria brasileira tem interesse em produzir medicamentos para as doenças negligenciadas, havendo, também, uma ação positiva do governo. Enfático, Debom respondeu que "com uma política do governo que não use a indústria nacional como bode expiatório, teremos o maior interesse. Mas tem que ter um companheirismo do governo." Diante da resposta positiva do empresário, o prof. Ayres lançou a idéia de se montar uma planta piloto numa empresa nacional com o apoio e colaboração da universidade.

O argumento mais recorrente quando se trata de produção de medicamentos para as chamadas doenças negligenciadas (malária, doença de Chagas, leishmaniose, tuberculose, hanseníase) é a baixa lucratividade para as empresas. Como estas doenças se manifestam principalmente nos países subdesenvolvidos, onde os infectados não têm dinheiro para comprar os medicamentos, as grandes empresas e até muitos governos não investem em pesquisa em remédios para controlar e curar tais doenças.

O professor David Tabak contestou essa argumentação dizendo que países ricos como os EUA vem se preocupando com a questão, pois estão entrando em contato com as doenças. "É o caso, por exemplo, da malária que ataca as tropas em ações militares na África. Isso mostra que as doenças negligenciadas também estão se aproximando das grandes nações. Por isso não há mais como as empresas se escudarem nesse refrão." afirmou. Tabak sugeriu que as empresas nacionais revejam seus conceitos de lucratividade e invistam nos fitoterápicos para enfrentar as grandes multinacionais.


Inovar para crescer
De acordo com Debom "inovação é o berço do crescimento. As empresas que mais faturam, que mais vendem são as empresas que apostam na inovação. Os preços dos fármacos inovadores são o dobro dos preços médios de qualquer medicamento. Inovar é fundamental para o crescimento da empresa e da sustentação da mesma no mercado e do próprio mercado!" - disse o gerente do laboratório paulista.

Entre 2002 e 2005, o mercado interno cresceu cerca de 35%, principalmente na área dos genéricos, passando de US$ 159 milhões para US$ 477 milhões nesse período. Dentro desse cenário, Roberto Debom destacou o desempenho de alguns laboratórios nacionais como Medley, Teuto, Neo Química, Biosintética, Eurofarma entre outros. Para os próximos quatro anos a projeção é positiva com um crescimento de 3,2% do mercado, algo em torno de 8,3 milhões de reais. Ele também apresentou alguns aspectos econômicos de países da América Latina e afirmou que a evolução do mercado de fármacos está intimamente ligada a diversos fatores como: o crescimento do PIB e a diminuição da inflação.

O farmacêutico graduado pela Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, com mais de uma centena de novas formulações desenvolvidas, exigiu uma maior atuação política para manter o crescimento da indústria brasileira. "É uma tendência para os próximos quatro anos que os esforços governamentais sejam intensos, porém ainda pontuais. Não há previsão de reforma estrutural no sistema de saúde.", afirmou Debom.


Programas com benefícios atraentes
O diretor presidente da CODIN (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro), Helio Cabral também participou do evento. Ele apresentou dados sobre os programas do governo do Rio de Janeiro para atrair empresas de diferentes setores, inclusive o farmacêutico, para o estado. "Elaboramos uma política tributária com benefícios mais atraentes do que qualquer outro estado da nação.", disse. Ainda segundo ele, hoje o órgão tem de 40 a 50 empresas já enquadradas.


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