UEZO
expande as fronteiras acadêmicas do Rio
de Janeiro |
O
secretário Wanderley de Souza esteve no Centro
de Ciências da Saúde, no dia 7 de abril
e apresentou a conferência "O Centro Universitário
Estadual da Zona Oeste – Uezo – expandindo
as fronteiras acadêmicas no Rio de Janeiro"
no Auditório Hélio Fraga.
Wanderley
de Souza comparou a criação da Uezo
com a sua experiência na construção
de outra universidade – a Universidade do
Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) –, em
1992. “Em 1991, recebi o convite do professor
Darcy Ribeiro para participar da organização
da Uenf, que é hoje uma das mais importantes
universidades do país. Agora, aceitei com
emoção a tarefa dada pela governadora
Rosinha Mateus de participar desse novo projeto”.
Para
o secretário, a instalação
da Uezo vai assegurar o crescimento da Zona Oeste
e garantir emprego para os universitários.
A Uezo foi instalada em uma área do estado,
onde, segundo levantamento do governo do estado,
70 mil jovens terminam o Ensino Médio anualmente
e não têm um centro de ensino superior
público para continuar seus estudos. Com
isso, são obrigados a se deslocar para bairros
distantes ou até para outras cidades para
continuar o seu aperfeiçoamento profissional.
O
Centro Universitário da Zona Oeste é
a primeira instituição educacional
do país a ter cursos tecnológicos
planejados especialmente para atender a uma determinada
demanda por mão-de-obra especializada. São
cursos sintonizados com as oportunidades de emprego
que estão surgindo na região com a
instalação do Pólo Gás-Químico,
em Duque de Caxias, e do Pólo Siderúrgico
de Itaguaí e Campo Grande, o incremento das
atividades do Porto de Sepetiba e da indústria
naval em Angra do Reis, Niterói e São
Gonçalo e o crescimento do Pólo Farmacêutico
de Jacarepaguá.
Inicialmente
serão seis cursos, todos na área tecnológica:
Siderurgia; Polímeros; Gestão da Construção
Naval e Offshore; Produção de Fármacos;
Biotecnologia; e Sistemas de Informação.
As
carreiras e o mercado de trabalho
O modelo pedagógico da Uezo também
vai inovar na maneira de ministrar os cursos: a
partir de convênios e parcerias com instituições
como a Fiocruz e as empresas que estão se
instalando na região, a parte final da formação
dos novos profissionais será ministrada diretamente
nas empresas, supervisionada pelos professores do
Centro Universitário, uma espécie
de residência, como ocorre nos cursos de medicina.
As
carreiras nas áreas de produção
de fármacos (medicamentos) e de biotecnologia,
pretendem atender à indústria farmacêutica,
e de Tecnologia da Informação e Comunicação
que têm espaço garantido no mercado
de trabalho. Tecnólogo em siderurgia, por
exemplo, vai atender à demanda por mão-de-obra
do pólo siderúrgico de Itaguaí,
onde, além da Gerdau, que está ampliando
as instalações da Cosigua, começa
a se instalar a Companhia Siderúrgica do
Atlântico, parceria da Vale do Rio Doce com
o grupo alemão Thyssen Krupp.
Já
o curso de construção naval vai atender
a demanda dos estaleiros que reabriram em Angra
dos Reis, Niterói e São Gonçalo.
Outra carreira importante para o Pólo Gás-Químico,
em Duque de Caxias, é a de Tecnólogo
em Polímeros, para atender a demanda por
mão-de-obra das indústrias de transformação
de plásticos que já estão se
instalando na Baixada Fluminense.