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IVFRJ On Line - 43ª Edição
Ano III - 28 de março de 2007
Modelagem molecular: dos algoritmos aos fármacos

Por Edna Ferreira

O que o desenvolvimento de algoritmos tem a ver com a criação de um novo fármaco? Tudo a ver, se estivermos falando do trabalho do professor Laurent Emmanuel Dardenne e do Grupo de Modelagem Molecular de Sistemas Biológicos do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, Rio de Janeiro. O professor Dardenne tem graduação em Física pela Universidade de Brasília (1992), mestrado em Física pela Universidade de Brasília (1995) , doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e pós-doutorado pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas Faculdade de Farmacia (2001). Atualmente atuando é Tecnologista Pleno 2 do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Com experiência na área de Biofísica, com ênfase em Biofísica Molecular, ele vem atuando principalmente nos trabalhos relacionados à Propriedades Eletrostáticas, Cisteíno Proteinases, Calculos ab initio, Expansões Multipolares Multicentradas, Catálise Enzimática e Papaína.

Em entrevista ao IVFRJ On Line, o professor Dardenne fala de seu trabalho e esclarece como o Grupo de Modelagem Molecular está ajudando a criar novos fármacos.


Do que trata o seu trabalho?

O Grupo de Modelagem Molecular de Sistemas Biológicos do LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica (GMMSB) é um grupo de pesquisa multidisciplinar envolvendo físicos, biólogos, engenheiros, matemáticos, e profissionais da área de computação, que tem como foco principal o desenvolvimento de programas, novos métodos e algoritmos que sejam úteis para as áreas de Química Medicinal e Biologia Estrutural. As grandes linhas de pesquisa do grupo estão associadas ao desenvolvimento de novas metodologias de docking receptor-ligante que possam prever tanto o modo de ligação quanto a afinidade de uma molécula ligante quando esta interage com o sítio receptor de uma proteína, ao desenvolvimento de novas metodologias para predição por primeiros princípios (sem a utilização de conhecimento empírico sobre o sistema) de estruturas de proteínas, ao desenvolvimento de um campo de força polarizável baseado em cálculos quânticos ab initio e também no uso de técnicas de bioinformática e modelagem comparativa para através do estudo do genoma do parasita Tripanosoma cruzi tentar identificar possíveis novos alvos moleculares para o desenvolvimento de um tratamento quimioterápico para a Doença de Chagas.


Desde quando este trabalho se desenvolve e em que etapa ele se encontra?

O trabalho se desenvolve desde o ano 2000. Atualmente, podemos dizer que conseguimos desenvolver uma primeira geração de algoritmos genéticos bastante eficientes e robustos tanto para a predição do modo de ligação de um receptor dentro de um sítio ativo de um receptor proteico quanto para a previsão de estruturas de pequenas proteínas.

A primeira versão dos programas que utilizam estes algorítmos se encontra em fase de finalização para que possamos disponibilizá-los para a comunidade acadêmica.

Estamos também finalizando o desenvolvimento do banco de ligantes "LASSBio Ligand Data Bank - LLDB" cujo intuito é construir uma ferramenta computacional, a ser utilizada em um ambiente web restrito, que permita organizar, profissionalizar e potencializar o uso das informações associadas aos mais de mil ligantes já sintetizados pelo Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas - LASSBio/Faculdade de Farmácia, da UFRJ.


Quais os principais resultados esperados?

Esperamos que como resultado de nossa pesquisa possamos disponibilizar para a comunidade científica brasileira ferramentas computacionais que tenham a capacidade de prever resultados que possam ser confirmados em ensaios experimentais e que consequentemente possam potencializar pesquisas em áreas como a de desenho racional de fármacos e engenharia de proteínas. Adicionalmente, é importante ressaltar que o GMMSB também tem como um dos seus principais objetivos a formação de recursos humanos com um perfil multidisciplinar, tendo já organizado no LNCC três versões bi-anuais de uma escola de caráter nacional de modelagem molecular e tem uma forte atuação no programa de pós-graduação multidisciplinar em modelagem computacional do LNCC.


Que impactos tais resultados terão para a sociedade?

O desenvolvimento de métodos computacionais que sejam úteis para a predição teórica de estruturas de proteínas e para o desenho racional de novos fármacos possui uma importância estratégica bastante relevante e constituti uma área de grande impacto científico, tecnológico e econômico. A opção de se desenvolver metodologias próprias, além de contribuir para a formação de recursos humanos qualificados, possui a grande vantagem de permitir a incorporação de novas abordagens (tanto teóricas quanto computacionais) que venham a ser descritas na literatura ou que venham a ser propostas por pesquisadores que utilizem os programas. O objetivo é permitir que outros grupos de pesquisa do país possam adquirir e utilizar o conhecimento gerado a um custo praticamente zero (sem a necessidade de investir milhares de dólares em programas pagos e renovações de licença para uso de softwares já adquiridos).


A pesquisa é apoiada por algum financiamento? De quanto e de onde?

A pesquisa é apoiada por projetos financiados pela FAPERJ e CNPq. Até o momento recebemos o financiamento de cerca de R$ 185.000,00 associados a quatro projetos: Projeto Temático - FAPERJ; Primeiros Projetos - FAPERJ; Projeto PRONEX-LNCC em Modelagem Computacional - CNPq/FAPERJ e Projeto Milênio INOFAR: Inovação e Desenvolvimento de Novos Fármacos e Medicamentos - CNPq.


Além do LNCC, existem outras instituições envolvidas no trabalho?

Temos colaborações muito estreitas com o LASSBio (Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas) da Faculdade de Farmácia/UFRJ, com grupos do IBCCF (Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho) da UFRJ, com o PROCC (Programa de Computação Científica) e com DBBM (Departamento de Bioinformática e Biologia Molecular) da FIOCRUZ, além de colaborações com pesquisadores da UFRRJ e PUC/DF.


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