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IVFRJ On Line - 20ª Edição
Ano II - 21 de outubro de 2005

Atos regulatórios e a manipulação farmacêutica

Mais uma vez o I Ciclo de Conferências do Instituto Virtual de Fármacos do Rio de Janeiro (IVFRJ) foi palco de um debate interessado e cheio de sugestões. A criação de uma agência de fomento para produção e fiscalização dos fármacos, além da implantação de um serviço de monitoramento da qualidade dos medicamentos em parceria com as universidades, foram algumas das idéias que surgiram na terceira palestra da série. O tema Atos Regulatórios e a Manipulação Farmacêutica foi apresentado por Luiz Fernando Chiavegatto, presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), no dia 18 de outubro, na Academia Brasileira de Ciências.

O professor Eliezer Barreiro, coordenador do IVFRJ, fez a abertura do encontro apresentando o palestrante, seu colega farmacêutico de longa data. E antes de passar a palavra ao presidente do CRF, Barreiro agradeceu o apoio do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a parceria da ABC que cedeu o auditório para a realização de todo o ciclo de conferências.

Luiz Fernando Chiavegatto iniciou sua palestra traçando um breve histórico da manipulação farmacêutica no Brasil. Lembrou o surgimento e o avanço da indústria farmacêutica entre as décadas de 40 e 50, bem como o encolhimento do setor de manipulação. Segundo ele, a sociedade reage lentamente a esse processo, pois a manipulação farmacêutica era sinônimo de produto personalizado e a produção industrial muda esse conceito, colocando nas prateleiras remédios em larga escala. "Chegou a ponto de os currículos universitários dos anos 60 e 70 só visarem à indústria. Mas na década seguinte há um ressurgimento da farmácia de manipulação", comentou.

Todo esse movimento foi acompanhado por um desejo de regularização do setor. Porém, isso só ocorre, efetivamente, com o surgimento da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 33/2000, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em ... "Um regulamento de cunho rígido elaborado com o objetivo de definir limites ao setor de manipulação farmacêutica", revelou Chiavegatto. A iniciativa, ainda segundo ele, contou com o apoio de médicos que queriam uma alternativa de qualidade para os fármacos industrializados.

Mas mesmo com as normas rígidas estabelecidas pela RDC 33/2000, Chiavegatto enumerou os pontos críticos que ainda ameaçam "as boas práticas" da manipulação farmacêutica. São eles: o armazenamento de insumos, o treinamento de pessoal, o tratamento da água, a garantia e o controle de qualidade, além das condições das instalações. "A resolução 33/2000 estabelece testes de controle de qualidade a cada três meses, mas acho que isso pode ser estreitado. Dessa forma, poderemos avançar no sentido de oferecer mais segurança ao consumidor final", argumentou.


Mobilização e polêmica

Regularização é um assunto que invariavelmente vem acompanhado de discussão. Atualmente a Anvisa está propondo a Consulta Pública (CP) 31 que, de acordo com Chiavegatto, tem vários pontos contraditórios. "Essa proposta está gerando polêmica e mobilização do setor farmacêutico em todo país", acrescentou ele.

Entre os pontos contraditórios da CP 31, o presidente do CRF citou a proibição da manipulação de medicamentos, a exigência de justificação por parte do prescritor quanto à associação das substâncias e a proibição de propaganda, promoção e publicidade. "Como farmacêutico sou contra a proibição da manipulação. Acredito, sim, em normas rígidas estabelecidas para as boas práticas, pois a farmácia de manipulação deve existir sabendo de suas limitações", enfatizou Chiavegatto, encerrando sua apresentação.


Qualidade, fiscalização e fomento

No espaço reservado às perguntas surgiram sugestões que entusiasmaram o palestrante Luiz Chiavegatto e o prof. Eliezer, coordenador do IVFRJ. A professora titular e diretora Adjunta de Produtos e Serviços da Escola de Química da UFRJ, Adelaide Antunes, sugeriu, por exemplo, a criação de um serviço de monitoramento da qualidade dos medicamentos em parceria com as universidades, nos mesmos moldes do que funciona na Agência Nacional de Petróleo (ANP). "As informações seriam passadas para a Anvisa, que manteria seu papel fiscalizador", explicou Adelaide.

De acordo com a professora, a ANP viabilizou um serviço de monitoramento de combustível nos postos de gasolina por meio de um Fundo Setorial. "Só em saber que existe uma ação semelhante no setor farmacêutico, melhoraria a qualidade dos produtos e dos serviços. E a parceira com as universidades proporcionaria treinamento de mão de obra de futuros profissionais", argumentou.

Em outro momento, o professor Ayres Guimarães Dias, da UERJ, levantou uma proposta de criação de uma agência que financiasse especificamente os trabalhos realizados nas diferentes etapas de produção e fiscalização dos fármacos. A resposta de Chiavegatto foi bastante positiva para as idéias apresentadas, acenando com a possibilidade de encaminhá-las ao Fórum de Farmacêuticos e ao Conselho Federal de Farmácia.

No encerramento do evento, o professor Eliezer Barreiro reiterou o apoio do IVFRJ às ações que o Conselho Regional de Farmácia vier a implantar. "É nosso interesse ajudar a promover a competência e qualificação do saber no setor farmacêutico. A exemplo da Petrobras que domina todas as etapas de produção de combustível, é estratégico para o Brasil alcançar o fármaco 100% nacional".

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