O que é o IVFRJ
Porque o IVFRJ
Instituições Associadas
Localização
Conselho Consultivo
Atas
Cadastro
Equipe
Home

IVFRJ OnLine
.: Nova Edição
.: Edições Anteriores
Eventos
.: 2004
.: 2005
.: 2006
Biografias
Links
Notícias
Legislação
Sala de Leitura
O que são os IV's
Outros Institutos Virtuais
Fale Conosco

Associações, Conselhos & Sindicatos
Distribuidoras
Hospitais
Indústrias
Indústrias
.: Laboratórios
Laboratórios
.: Governamentais
.: Privados
ONG´S
Universidades
.: Instituições
.: Pesquisadores

Cenário Farmacêutico
.: Perfil Empresarial em Fármacos no RJ
.: Impacto Sócio-Econômico da Indústria Quimica - RJ
.: Dados IBGE - Pesquisa Industrial 2004
.: Pesquisadores por Km2 RJ/SP/MG


Cadeia Produtiva
Histórias

IVFRJ On Line - 29ª Edição
Ano II - 05 de maio de 2006
Pesquisadores testam novo medicamento contra o câncer

Uma equipe de pesquisadores do Laboratório de Enzimologia e Controle de Metabolismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) acaba de verificar que o clotrimazol, fármaco usado contra fungos, pode ter um importante papel na luta contra a doença. A descoberta ocorreu quando os pesquisadores, por meio de testes in vitro, buscavam identificar alvos (como enzimas, por exemplo) no interior de células tumorais para testar substâncias que possam ser usadas no combate ao câncer.
Em maio, começam os testes em tecido e os pesquisadores reconhecem o desafio da nova fase. “Comprometer uma célula em tecido é mais difícil, pois uma célula ‘protege’ a outra, diminuindo a eficácia do substância”, explica Mauro Sola-Penna, líder do estudo. Além do início da nova etapa, a equipe trabalha com outra substância que tem se mostrado ainda mais eficiente que o clotrimazol, chamada composto 48/80.
Em pesquisa publicada em artigo na revista Molecular Genetics and Metabolism, Sola-Penna e equipe mostraram o papel do clotrimazol como antagonista da calmodulina, uma das proteínas responsáveis pelos processos de metástase (proliferação do tumor). A calmodulina faz com que a enzima fosfofrutoquinase, ao se deslocar no interior da célula, permaneça ligada a filamentos de actina, fazendo com que a célula produza grande quantidade de energia, permitindo que o tumor cresça e gere a metástase. Uma das diferenças entre célula normal e tumoral é a distribuição intracelular das enzimas.
“As enzimas se deslocam no interior das células e, quando isso é feito livremente, a célula produz pouca energia. Nesse caso, observamos que a fosfofrutoquinase se mantém ligada a esses filamentos, fazendo com que a célula produza mais energia”, explica Sola-Penna.
Segundo o pesquisador, o alvo passou a ser a enzima. “Nossa tática era fazer com que ela se ‘desligasse’ dos filamentos de actina, atacando com uma substância que fosse antagonista da calmodulina, uma das responsáveis pela ‘ligação’ da fosfofrutoquinase com os filamentos”, conta.
Identificado o alvo, o próximo passo foi avaliar que tipo de fármaco poderia servir como antagonista do processo. Foi a cientista israelense Rivka Beitner quem, em 2002, primeiro propôs que o clotrimazol, usado no tratamento contra fungos e micoses, pudesse ser empregado também contra o crescimento tumoral. A equipe brasileira propôs uma nova ação para uma velha substância. “Ela é usada comercialmente, o que nos poupou tempo e dinheiro. Além disso, sabíamos que ela era uma antagonista da calmodulina”, diz Sola-Penna.
Com o uso da substância, os pesquisadores observaram que a fosfofrutoquinase se ‘soltava’ dos filamentos. Com isso, a célula produzia menos energia e se tornava mais compacta e, por fim, morria. Nos ensaios em cultura, o nível verificado de eficácia do clotrimazol, segundo Sola-Penna, foi de 80%.

Fonte: Agência Fapesp






FAPERJ

LASSBio

Desenvolvida por
Cúpula Informática
Visitantes: