O que é o IVFRJ
Porque o IVFRJ
Instituições Associadas
Localização
Conselho Consultivo
Atas
Cadastro
Equipe
Home

IVFRJ OnLine
.: Nova Edição
.: Edições Anteriores
Eventos
.: 2004
.: 2005
.: 2006
Biografias
Links
Notícias
Legislação
Sala de Leitura
O que são os IV's
Outros Institutos Virtuais
Fale Conosco

Associações, Conselhos & Sindicatos
Distribuidoras
Hospitais
Indústrias
Indústrias
.: Laboratórios
Laboratórios
.: Governamentais
.: Privados
ONG´S
Universidades
.: Instituições
.: Pesquisadores

Cenário Farmacêutico
.: Perfil Empresarial em Fármacos no RJ
.: Impacto Sócio-Econômico da Indústria Quimica - RJ
.: Dados IBGE - Pesquisa Industrial 2004
.: Pesquisadores por Km2 RJ/SP/MG


Cadeia Produtiva
Histórias

IVFRJ On Line - 33ª Edição
Ano II - 16 de agosto de 2006
Burocracia atrapalha a ciência
Dificuldades de importação atravancam a pesquisa brasileira
Por Matheus Fierro

O Brasil tem o nono maior PIB (Produto Interno Bruto) do mundo, está entre o terço de maior renda per capita do planeta e é o 17° país em produção científica. O número de pedidos de patentes, anualmente, supera 24 mil e só tende a crescer de acordo com especialistas. Apesar disso, a burocracia das entidades públicas atua como um peso, dificultando o processo de pesquisa e desenvolvimento científico, com lentidão no processo de importação e altas taxas alfandegárias. Um levantamento do Banco Mundial divulgado este ano mostra que o Brasil é um dos países mais burocráticos do mundo. Na lista de 144 países analisados, pior do que o Brasil só Laos, Congo, Moçambique e Haiti.

Quando se importa algo para o país, são cobrados do cientista pelo menos três encargos tributários. Como o país não é auto-suficiente para a pesquisa, muitos dos materiais utilizados têm de vir de outros países, sujeitando o pesquisador às dificuldades e cobranças. "Parece que é tão difícil, ou mais, importar uma medicação ou um material de laboratório, do que um carro. O que é um absurdo", reclama Mayana Zatz, geneticista da USP - em entrevista ao Fantástico.

Existem dois meios de se importar algo para o Brasil. O primeiro é fazer a importação direta, contatando o fornecedor diretamente e fazendo o pedido. O outro meio é por meio da contratação de intermediários, como fundações ou firmas de importação. Existe ainda um outro método: as doações enviadas pelos correios, ou vindas dentro da mala dos pesquisadores que voltam ao Brasil. No entanto, essa forma de importação é ilegal e limitada a pequenos itens.

Para que o pesquisador faça a importação direta, é necessário que a instituição de pesquisa que representa o cientista seja cadastrada com a fornecedora do material, uma vez que o pedido não pode ser feito por pessoas físicas. Uma vez passada essa barreira ainda existem outras, ainda mais complicadas. Um exemplo do que passam os cientistas: importar animais geneticamente modificados é um problema. Primeiro, é preciso uma autorização e um certificado da Comissão Nacional de Biossegurança. Depois, é necessário um documento atestando a saúde dos animais. E ainda outro certificado, agora do Ministério da Agricultura. O Banco Central também tem de aprovar e a Receita Federal deve emitir uma licença de importação.

E mesmo que todas essas etapas sejam vencidas, não adianta nada se o projeto não tiver o aval de alguma agência de incentivo à pesquisa, como o CNPq - o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. "Se alguma dessas instâncias atrapalha, aí, às vezes, você tem que voltar tudo para trás, porque esses papéis têm um prazo de validade", diz Luiz Eugênio de Mello doutor da Universidade Federal de São Paulo. O pesquisador ainda corre o risco de ter seu produto barrado pela alfândega, por causa de greves e outros problemas.

Para fugir dessas preocupações, muitas vezes o que se faz é contratar um intermediário para cuidar do processo de importação. O intermediário chega a cobrar até cinco vezes o preço original do material e a entrega demora em torno de 30 a 45 dias. As fundações e as empresas de importação se ocupam dos problemas, no caso de greves, como a da vigilância sanitária e da receita federal que houve recentemente, os produtos ficam retidos e neste caso, são eles que se responsabilizam pelo correto armazenamento em condições ideais e pelo pagamento de taxas extras.

O governo brasileiro chegou a criar um programa de importações científicas chamado "Importa Fácil". Mas, segundo os pesquisadores, não tem dado certo. "Acho que deveríamos ter leis específicas, facilitando as compras no caso de pesquisa comprovada. Já é extremamente difícil conseguir financiamento e gastar muito mais com os produtos por conta de cambio, taxas e burocracia é um absurdo." disse Iolanda Fierro, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Fonte: Site Globo.com

 


FAPERJ

LASSBio

Desenvolvida por
Cúpula Informática
Visitantes: