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IVFRJ On Line - 35ª Edição
Ano III - 18 de setembro de 2006
Pílula contra alcoolismo começa a ser produzida no Brasil

Por Lúcia Beatriz

O Revia, considerado nos EUA o medicamento mais atualizado para o tratamento dos dependentes do álcool, começa a ser produzido no Brasil. O laboratório Cristália, que antes importava o medicamento diretamente do fabricante (laboratório Dupont Pharma), desenvolveu e passou a produzir localmente o seu princípio ativo - cloridrato de naltrexona -, o que representou uma queda de mais de 50% em seu preço de venda. A caixa com 30 comprimidos do Revia, suficiente para um mês de tratamento, que era comercializada a um custo de R$500,00, agora chega às farmácias por R$233,83. Ainda caro, entretanto, o medicamento, em muitos casos, pode ser mais barato que a manutenção do próprio vício.

De acordo com o diretor médico do laboratório Cristália, Dr. Jorge Afiune, o mecanismo de atuação do Revia age preferencialmente numa determinada região do cérebro responsável pelos sintomas de prazer e euforia, conseguindo bloquear os receptores da endorfina, de modo que o dependente vai perdendo gradativamente o desejo de beber. "Esta é a grande propriedade do remédio, diminuir a fissura, ou craving, como também é chamada a necessidade desesperada pela bebida", explica o Dr. Afiune.

Com a aprovação da substância naltrexona pelo FDA (Food and Drug Administration), o tratamento do alcoolismo ganhou uma importante inovação. Antes, era usado o dissulfiram, princípio ativo extremamente agressivo que não diminui a vontade de beber, mas provoca reações violentas no organismo quando misturado ao álcool. O cloridrato de naltrexona inibe a sensação de prazer proporcionada pela ingestão do álcool e vem recebendo destaque devido ao seu perfil de segurança e eficácia, com efeito terapêutico não associado ao desenvolvimento de tolerância ou dependência. O medicamento não é recomendado para pacientes com insuficiência hepática e suas reações adversas são bem menos agressivas que o dissulfiram, podendo provocar náuseas e dor de cabeça em 2 a 10% dos casos.

O Revia age quatro horas após sua ingestão e, a cada dia, bloqueia, cada vez mais, os sintomas "euforizantes", o que permite ao dependente recuperar, gradativamente, as perdas nas esferas pessoal (física e psíquica), social, econômica - como a atenção, a coordenação motora, o raciocínio, a capacidade de trabalho, o relacionamento social e familiar, e até suas condições nutricionais. O medicamento, que tem uma proposta de tratamento de até um ano, entretanto, sozinho não é suficiente. Dr. Jorge Afiune ressalta que o Revia é coadjuvante e precisa de outras abordagens multidisciplinares. "Atualmente tem sido adotadas propostas de tratamento que incluem psicoterapia individual ou em grupo, psicoterapia familiar, terapia ocupacional, musicoterapia e outras formas que apóiem o tratamento das co-morbidades possíveis, como depressão, fobia social, ansiedade e hiperatividade, entre outras", completa o diretor médico.

Programa de atualização para a classe médica
De capital totalmente nacional, a empresa, fundada em 1972, é uma das maiores produtoras de matérias-primas dentre os laboratórios do país e é na Farmoquímica que recebe destaque. Para isto, a Cristália conta com parcerias importantes de centros de pesquisa nacionais, como Far-Manguinhos, UNICAMP, USP, UFRJ, UFMG e Instituto Butantan.

O laboratório também possui um projeto de programas e ações com o objetivo de promover a atualização da classe médica. Com início previsto para o próximo mês (outubro de 2006), a Cristália prevê a realização de palestras, com formadores de opinião em oito capitais brasileiras, e a criação de Espaços Revia, para cerca de 10 reuniões por mês de grupos de médicos interessados em tratar alcoolismo com psiquiatras especializados, discussão do tema e de casos.

"Este projeto vai disseminar dados atualizados do problema e mostrar as várias maneiras de se tratar o alcoolista, mostrar como avaliar se outras doenças podem ser causa ou conseqüência do alcoolismo, e também permitir aos profissionais médicos das mais variadas especialidades o acesso a informações detalhadas sobre diagnóstico, programas de tratamento e mecanismo dos medicamentos, o que a maioria conhece apenas no papel" ressalta Dr. Afiúne, diretor médico da instituição.

Serviço: DAC Cristália 0800 70 1 19 18

 



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