Campanhas informam sobre os perigos da
auto-medicação |
A auto-medicação é um hábito extremamente prejudicial
à saúde, principalmente para crianças, idosos e
mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Campanhas
informativas sobre o uso correto dos medicamentos
estão sendo desenvolvidas, em várias cidades brasileiras,
com o objetivo de alertar a população sobre os riscos
da auto-medicação. O Ministério da Saúde, Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), médicos,
farmacêuticos e estudantes universitários estão
engajados em ações para difundir a importância do
profissional de saúde na prescrição de medicamentos
e a influência da propaganda em seu consumo indiscriminado.
Os profissionais de saúde, sobretudo médicos e farmacêuticos,
tem um papel fundamental na conscientização de seus
pacientes. Para o Dr. Franciso Albanesi, vice-presidente
do Conselho Regional de Medicina/RJ (CREMERJ), os
médicos deveriam disponibilizar, ao final de suas
consultas, tempo para alertar aos pacientes dos
riscos da auto-medicação, principalmente sobre a
interação desta utilização em associação aos medicamentos
prescritos, quando poderão acarretar efeitos adversos,
prejudicando o atendimento a doença que motivou
sua consulta médica. "Quando do retorno do paciente
a consulta médica, deveria o médico indagar se o
paciente usou alguma medicação extra durante o período
e não prescrita na consulta anterior, em caso positivo,
deveria dispender maior tempo para esclarecer dos
riscos da auto-medicação", completa o médico.
Em 1995, a Federação dos Farmacêuticos (Fenafar)
lançou a Campanha Nacional pelo Uso Correto de Medicamentos,
o qual contou com o apoio de várias entidades nacionais
e se tornou referência até hoje para a população
em geral. Desde então, o Conselho Regional de Farmácia/RJ
(CRF-RJ) desenvolve campanhas constantes e cíclicas,
informado sobre uso correto e cuidados que se deve
ter com os medicamentos. O Conselho regional de
Medicina-RJ (CREMERJ) desenvolve um trabalho permanente
de conscientização, visando ao emprego disciplinado
de medicamentos, através de publicações (Jornal
CREMERJ) e de programas de educação médica continuada.
Estudantes de farmácia de diversas universidades
brasileiras também estão promovendo campanhas específicas
em suas cidades. Os futuros farmacêuticos querem
conscientizar a população para dois péssimos hábitos
freqüentes: comprar medicamentos sem receita médica
e guardá-los após o término do tratamento. Nessas
ações, a população é estimulada a entregar espontaneamente
os medicamentos que estão sem uso, para serem doados
ou incinerados (se o prazo de validades estiver
vencido) e é informada sobre a possibilidade atual
de comprar medicamentos fracionados na quantidade
exata para cumprir o tratamento.
Permitido desde 2005, o fracionamento dos medicamentos
é uma das medidas do Ministério da Saúde que ajuda
no combate à auto-medicação. O paciente leva para
casa apenas a dose necessária para sua cura. Segundo
a Anvisa, a venda fracionada reduz os riscos de
intoxicação. Com a sobra de medicamentos, muitas
pessoas acabam intoxicadas pela ingestão de um produto
vencido ou inadequado. É importante lembrar que
as crianças têm maior risco potencial de intoxicação,
pois podem confundir comprimidos com balinhas e
xaropes com sucos, por exemplo.
Uso Racional de Medicamentos
Segundo definição da Organização Mundial da
Saúde (OMS), o Uso Racional de Medicamentos é a
situação na qual os pacientes recebem os medicamentos
apropriados às suas necessidades clínicas na dose
correta por um período de tempo adequado e um custo
acessível. A organização promove campanhas para
combater o descontrole no acesso aos medicamentos
em vários países.
Em 23 de agosto de 2006, através da portaria nº1956,
o Ministério da Saúde instituiu o Comitê Nacional
para o Uso Racional de Medicamentos. Para Membros
do Comitê foram convidados: Fenafar - Federação
Nacional dos farmacêuticos; IDEC - Instituto de
Defesa do Consumidor; Fenam - Federação Nacional
dos Médicos; CNS - Conselho Nacional de Saúde; CFF
- Conselho Federal de Farmácia; CFM - Conselho Federal
de Medicina e CFO - Conselho Federal de Odontologia,
ANVISA e MS.
Atualmente o Ministério da Saúde está veiculando,
pelo rádio, uma Campanha para o uso racional de
medicamentos. Até o fim do ano, a Anvisa pretende
lançar uma série de filmes informando sobre os perigos
da auto-medicação e a aquisição indevida de medicamentos.
Os filmes estão sendo produzidos para veiculação
na rede do programa Farmácia Popular do Brasil,
onde todas as unidades são equipadas com aparelho
de televisão e vídeo/DVD para a exibição de campanhas
de esclarecimento.
A Anvisa desenvolve estratégias de educação que
atingem diversos segmentos da sociedade. Professores
do ensino fundamental e profissionais das vigilâncias
sanitárias participam do projeto Educanvisa. Com
orientações sobre os riscos da auto-medicação, o
consumo seguro de medicamentos, e a influência da
propaganda enganosa e abusiva, o projeto promove
a capacitação do profissional para desenvolver ações
e estratégias em educação, comunicação e saúde para
serem trabalhadas pelas escolas.
CUIDADOS COM O USO DE MEDICAMENTOS !
|
Não tome medicamentos por conta
própria ou indicados por outras pessoas. Evite
recomendações de vizinhos, amigos, parentes
ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.
O que foi útil para alguém pode ser prejudicial
para você. |
|
Quando você achar que tem algum
problema de saúde, procure um médico. |
|
Na consulta, informe ao médico
se você já utiliza algum medicamento e se faz
uso freqüente de bebidas alcoólicas. |
|
Obedeça rigorosamente as doses,
os horários e as instruções prescritos na receita. |
|
Não "repita" receitas porque somente
o médico pode avaliar a continuidade do seu
tratamento. |
|
Ao utilizar um medicamento, se
você sentir algum mal estar ou efeito imprevisto,
procure o médico ou farmacêutico. |
|
No momento de adquirir medicamentos
de venda livre, produtos considerados de baixo
risco para tratar males menores e recorrentes,
como a dor de cabeça, procure orientações do
farmacêutico. |
|
Não confunda o balconista da farmácia
com o farmacêutico. |
|
Muitos medicamentos são prejudiciais
à mulher grávida e seu bebê. Gestantes só devem
tomar medicamentos sob orientação médica. |
|
Cuidado com antibióticos. O seu
uso exagerado e sem controle torna as bactérias
mais resistentes e difíceis de combater. |
|
Plantas medicinais e medicamentos
homeopáticos também possuem efeitos colaterais
e contra indicações. Portanto, também devem
ser tomados sob orientação médica. |
|
Mantenha os medicamentos fora
do alcance das crianças. Um descuido pode ser
fatal! |
|
Os medicamentos devem ser protegidos
da luz, umidade e calor. O banheiro, a cozinha
e o carro não são locais indicados para guardá-los. |
|
Siga as instruções especiais do
rótulo como: "Agite antes de usar", "Guardar
em geladeira". |
|
Observe o prazo de validade. Não
use medicamentos com prazo de validade vencido.
Podem não fazer efeito ou prejudicar sua saúde. |
|
Preste atenção na hora da compra.
Exija a bula original, ela não pode ser uma
cópia "xérox". Na embalagem deve constar o nome
do farmacêutico responsável. |
|
Não compre medicamentos com embalagem
rasgada ou amassada. Todo medicamento em vidro
deve apresentar um lacre inviolado. |
|
Só compre medicamentos em farmácias
e drogarias, nunca em feiras e camelôs. |
|
Água é o melhor acompanhante de
um medicamento, evite tomá-lo com leite, chás
e refrigerantes. Nunca use bebidas alcoólicas. |
|
|